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Por Redação O Sul | 18 de junho de 2016
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em documento enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o PT pedia doações de empresas para suas campanhas eleitorais mediante “ameaças” de cortar facilidades, inclusive em contratos com a Petrobras, “embora não se limitassem a estes”.
Em parecer, Janot escreveu que tal prática era “habitual, institucionalizada e centralizada, em parte, na pessoa de Edson Antônio Edinho da Silva”, em referência ao ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva, do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ele foi tesoureiro da campanha petista à Presidência em 2014.
O documento foi enviado ao STF no início do mês para embasar pedido de Janot para enviar investigação sobre Edinho para a primeira instância da Justiça Federal. O relator da Operação Lava-Jato na Corte, Teori Zavascki, enviou o inquérito ao juiz Sérgio Moro, de Curitiba (PR).
O caso de Edinho Silva é baseado em delação do ex-presidente da construtora UTC Ricardo Pessoa. Aos investigadores, ele narrou encontro em que o ex-ministro teria pressionado por doações de 20 milhões de reais para a campanha de Dilma. Ao final do encontro, teriam acordado a doação de 5 milhões de reais em doações oficiais, segundo as investigações da força-tarefa.