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Economia Queda da inflação e crescimento global abrem oportunidade para o Brasil

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O Fundo Monetário Internacional (FMI ) projeta crescimento global de 2,9% para este ano. (Foto: Reprodução)

Depois do impacto da pandemia e da guerra na Ucrânia, surgem os primeiros sinais de novo fôlego na economia mundial. O último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) traz otimismo: projeta crescimento global de 2,9% neste ano e de 3,1% em 2024. Pode parecer pouco ante os 3,4% de 2022, mas, revisando previsões anteriores, o fundo constata que 2023 poderá marcar o início da recuperação global. Os números do FMI refletem a capacidade de adaptação de governos, e principalmente de empresas, a situações adversas.

Em outubro passado, economistas do próprio FMI emitiam um alerta para o risco “significativo” de uma recessão global. O economista-chefe Pierre-Olivier Gourinchas reconhece agora que 2023 poderá ser o ano da mudança de tendência na economia mundial. Entre os fatores apresentados como causas do “crescimento surpreendente” no último trimestre do ano passado, está a rápida adaptação da Europa à crise energética deflagrada pela invasão da Rússia à Ucrânia.

A Alemanha, antes dependente do gás russo, construiu em tempo recorde um terminal na sua costa no Mar do Norte, para importar gás liquefeito. No início de setembro, quando Vladimir Putin anunciou formalmente o fechamento dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, em resposta às sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia, não causou grande crise de abastecimento. Não só na Alemanha, mas também noutros países europeus que souberam se adaptar à realidade.

Também a China desmente os analistas que previram recessão em 2023. Para isso, bastou o governo chinês acabar com a equivocada política de Covid Zero, responsável por frear o crescimento e pelo desabastecimento em cadeias globais de suprimento de componentes. Depois de o PIB chinês crescer apenas 3% em 2022, a previsão é que alcance 5,2% este ano, acima dos 4,4% projetados em outubro.

Outro sinal positivo detectado pelo FMI é a redução das pressões inflacionárias globais, como resultado da queda no preço de combustíveis e em cotações de commodities (petróleo, grãos, minérios) e, principalmente, do endurecimento generalizado na política monetária. A estimativa é de inflação mundial de 6,6% neste ano e de 4,3% em 2024. No ano passado, ela chegou ao pico de 8,8%. Há uma positiva onda desinflacionária no planeta.

A retomada da economia mundial vem em boa hora para o Brasil. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reclamado — sem razão — da política monetária apertada aplicada pelo Banco Central (BC) autônomo. Há pelo menos duas sólidas razões para o BC manter a taxa de juros em 13,75%. A primeira é a tendência inflacionária global, que felizmente parece ceder, abrindo espaço para quedas futuras nos juros. A segunda são as incertezas sobre os gastos públicos. Se o governo apresentasse, aprovasse e cumprisse regras plausíveis para a governança fiscal, haveria ainda mais amplitude para os juros caírem — e para a economia brasileira crescer surfando na nova onda de recuperação global. (Opinião – jornal O Globo)

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https://www.osul.com.br/queda-da-inflacao-e-crescimento-global-abrem-oportunidade-para-o-brasil/ Queda da inflação e crescimento global abrem oportunidade para o Brasil 2023-02-05
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