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Mundo Rei Charles III terá o desafio de cortar custos da família real

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A monarquia britânica é mais cara em termos absolutos do que algumas outras dinastias reais menores. (Foto: Reprodução)

O rei Charles III está prometendo uma monarquia mais enxuta e menos dispendiosa — um esforço particularmente importante no momento em que a economia do Reino Unido passa por dificuldades e os britânicos enfrentam a maior inflação em uma geração.

A monarquia e o governo britânico, que fornece um apoio financeiro significativo à instituição, há muito enfrentam um exercício de equilíbrio cuidadoso: ambos trabalham para manter a pompa e circunstância da instituição, evitando parecer perdulários.

Os defensores afirmam que manter a realeza e sua pompa é algo que dá ao Reino Unido uma medida desproporcional de “soft power” no cenário mundial e um sentimento de orgulho e unidade a muitos britânicos em casa. Trata-se também de um imã poderoso para o setor do turismo do Reino Unido. Esses argumentos se mostram mais difíceis de sustentar quando os tempos são difíceis para todos os outros.

Anthony Seldon, historiador e escritor britânico, diz que houve uma melhor “análise da relação custo-benefício” da família real nos últimos anos. “Mas o problema dos custos não foi removido. E a realeza se torna a bola da vez em períodos de tensão econômica.”

Embora rica, a família real não está entre os mais ricos do Reino Unido. A rainha não figura na pesquisa anual sobre os 250 indivíduos mais ricos do país publicada pelo “Sunday Times” de Londres. O jornal estimou sua fortuna no ano passado em cerca de 370 milhões de libras, ou cerca de US$ 430 milhões.

A rainha Elizabeth II é reconhecida por reduzir as despesas de uma família que opera de forma muito parecida com uma empresa de médio porte, tendo o monarca como CEO. Isso diminuiu as críticas aos gastos do Estado com a instituição.

Quando o pagamento deste ano foi revelado em junho, despertou algumas críticas. Por exemplo, o “Evening Chronicle”, um jornal que circula na região nordeste mais pobre da Inglaterra, afirmou em uma manchete que o desembolso acontece no momento em que a nação luta contra uma “crise do custo de vida”.

O Palácio de Buckingham não respondeu imediatamente a pedidos para comentários para este artigo. No passado, funcionários da família real disseram que o custo por pessoa no Reino Unido é pequeno e superado pelas divisas que a realeza gera por meio do turismo e sua contribuição mais ampla para a sociedade britânica.

Um estudo feito em 2016 sobre turistas internacionais pelo site de viagens Travelzoo, mostrou que quase metade dos viajantes canadense e americanos para o Reino Unido são atraídos pela família real. Em 2019, antes da pandemia, a Torre de Londres, que guarda as joias da coroa, foi a atração paga mais visitada na Inglaterra, com quase três milhões de visitantes.

A monarquia britânica é mais cara em termos absolutos do que algumas outras dinastias reais menores. O orçamento do rei da Holanda foi de 40 milhões de euros em 2015, o último ano com números disponíveis. O Estado sueco recebeu uma conta ainda menor neste ano, de cerca de 76,1 milhões de coroas, ou cerca de US$ 7,3 milhões.

Com base nos gastos do ano passado, porém, o financiamento público à monarca britânica chegou a cerca de 1,50 libra por pessoa no Reino Unido, mais barato do que muitas outras monarquias europeias.

A maior parte dos pagamentos do Reino Unido à monarquia ocorre na forma de Concessões Soberanas, derivadas predominantemente do Patrimônio da Coroa (Crown Estate). O portfólio secular de ativos reais contém grandes propriedades de terras que incluem uma das principais faixas comerciais de Londres, além de grandes partes do leito do mar circundante do Reino Unido.

No último ano, a concessão anual ficou em 86,3 milhões de libras. O Crown Estate, avaliado em 16,6 bilhões de libras com base em seu último relatório anual, e a vasta coleção de palácios da família real, joias e obras de arte são propriedades da família apenas nominalmente. O agora rei Charles III não pode vender o Palácio de Buckinham, com seus 775 aposentos, nem as joias da coroa e suas mais de 23 mil pedras preciosas.

A família tem outras fontes de financiamento. Elas incluem os ingressos cobrados para a visitação de sua grande coleção de obras de arte, e dois grandes portfólios de ativos que fornecem renda ao monarca e seus herdeiros, mas não dão direito ao capital dessas carteiras.

A rainha, Charles III e outros membros da realeza também têm seus próprios portfólios pessoais de investimentos.

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