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Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2021
O herdeiro do último czar da Rússia, que foi executado com sua família pelos bolcheviques em 1918, celebrou seu casamento na sexta-feira (1º), em São Petersburgo, na presença de reis europeus.
O Grão-Duque Gueorgui Mikhailovich Romanov, de 40 anos, se casou com a italiana Rebecca Bettarini, de 39 anos, na catedral de Santo Isaac, no coração da cidade que era a antiga capital imperial (hoje, a capital da Rússia é Moscou).
Mil e quinhentas pessoas foram convidadas para o casamento, entre elas a rainha Sofia, da Espanha, e o rei deposto da Bulgária Simeón II e sua esposa, Margarita, assim como outros representantes de famílias reais europeias.
Gueorgui Mikhailovich Romanov nasceu em Madri e se formou em Oxford. Ele é filho da Grã-Duquesa María Romanova, neta do Grande Duque Kirill. Kirill era primo de Nicolás II, o último czar da dinastia Romanov, que reinou mais de 300 anos na Rússia.
Fuzilado pela revolução
O monarca foi derrubado pela revolução russa e feito prisioneiro pelos bolcheviques em 1917. No ano seguinte, Nicolás II foi fuzilado nos Urais, junto com sua esposa, a imperatriz Alexandra, suas quatro filhas e seu filho.
Eles ficaram enterrados durante muito tempo em um local mantido em segredo pelo regime soviético, mas seus corpos acabaram levados para a catedral de São Petersburgo em 1998.
Eles também foram canonizados em 2000 pela Igreja ortodoxa russa e reconhecidos oficialmente em 2008 pela Justiça como vítimas do bolchevismo.
O herdeiro do czar, o Grande Duque Gueorgui Romanov conheceu sua noiva em Bruxelas, capital da Bélgica, onde ambos trabalhavam para instituições europeias.
Filha de um diplomata, Rebecca Bettarini se converteu para a religião ortodoxa para poder se casar com Romanov e foi rebatizada como Victoria Romanovna.
O Grão-Duque russo vive há três anos em Moscou, perto do Kremlin (a sede do governo russo), e afirma se dedicar a projetos de caridade.
Em uma entrevista ao jornal russo “Fontanka”, ele disse que escolheu se casar em São Petersburgo por “muitas razões”, pois a cidade é “a história da Rússia, a história da casa Romanov”.