Terça-feira, 08 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2024
Decisão por paralisar as atividades ocorreu nesta sexta-feira (27), após empresas negarem proposta apresentada em audiência no TRT da 4ª Região
Foto: STICC/ReproduçãoOs trabalhadores terceirizados da unidade da Refap, em Canoas, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após Assembleia-geral realizada nesta sexta-feira (27). Os terceirizados das empresas AJS, EQSERV e Normatel optaram pela paralisação das atividades após não terem suas reivindicações atendidas, dentre elas o reajuste do salário e do vale-alimentação.
Os trabalhadores e a representação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC) estiveram reunidos diversas vezes para elaborar propostas que atendessem a classe. Eles demandam as mesmas condições oferecidas pela empresa C3, terceirizada da Refap do Paraná, na qual o salário, em algumas funções, chega a ser quase 70% maior do que na unidade de Canoas, de acordo com dados do sindicato. Além disso, o vale-alimentação dos trabalhadores paranaenses é de R$ 1,2 mil. Para os terceirizados gaúchos, o valor é de R$500.
Buscando encontrar um meio termo na discussão, o Desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, mediador da audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região no dia 25 de setembro, propôs um aumento do vale-alimentação para R$ 910 e reajuste salarial de 7,5%. A proposta foi refutada pelas empresas na noite desta quinta-feira (26), o que gerou a revolta dos trabalhadores.
O STICC reforçou em nota que as reivindicações da classe estão baseadas no princípio da isonomia salarial com a unidade da Refap do Paraná. “Infelizmente chegamos a essa situação em razão da Refap Canoas praticar a pior remuneração para os trabalhadores de todas as refinarias do Brasil”, argumentou o presidente da entidade, Gelson Santana.