Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2018
O serviço de coleta de esgoto no Brasil mal conseguiu acompanhar o crescimento do número de famílias no ano passado. É o que mostram dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (26), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Segundo o instituto, em 2017, 46 milhões de famílias estavam conectadas a rede coletora de esgoto. No ano anterior, eram 45,6 milhões. Mas, apesar de o serviço ter alcançado mais 400 mil lares, no mesmo período o País ganhou um total de 550 mil novos domicílios. Com isso, a parcela de famílias com o serviço ficou estagnada, em 65,9% do total de lares brasileiros em 2016 e 66% no ano passado.
A parcela de lares com coleta diária de lixo teve leve expansão, de 82,6% em 2016 para 82,9% do total de domicílios no ano passado. Em números absolutos também houve pequena alta, de 57,21 milhões de famílias para 57,8 milhões em 2017.
Já o número de famílias com água canalizada abastecidas pelo serviço todos os dias em 2017 caiu para 51,83 milhões ou 86,7% do total de lares, frente às 51,84 milhões (87,3%) que receberam água todos os dias em 2016. Segundo o IBGE, essa queda é resultado do racionamento de água que vem ocorrendo no Distrito Federal desde o início do ano passado, devido a uma combinação de fatores que vão desde a escassez de chuvas, passando pela falta de investimentos e o crescimento urbano.
Em janeiro de 2017, a companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal implementou um rodízio entre regiões da capital federal e passou a interromper o abastecimento por ao menos um dia por semana. Foi a primeira vez desde a transferência da capital do Rio, em 1960, que a população da região se viu às voltas com uma campanha de racionamento – ainda em vigor e sem data para terminar.