Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de junho de 2021
Apresentado no dia 24, o Windows 11 exigirá um chip TPM 2.0 (Trusted Platform Module) ativo no computador para funcionar, conforme revelou a Microsoft. E bastou o requisito se tornar público para a procura pelo componente aumentar nas lojas online, levando à majoração dos preços e até à sua falta em alguns varejistas.
De acordo com levantamento feito pelo executivo sênior da HTC VIVE Shen Ye, os preços do módulo TPM dispararam 12 horas após o anúncio da nova geração do Windows. Em postagem na sua conta no Twitter, ele mostrou que os valores chegaram a aumentar quatro vezes em relação ao preço anterior cobrado pelo dispositivo.
Segundo Ye, um chip TPM 2.0 feito pela Gigabyte, que antes custava 24,90 dólares, começou a ser vendido por 99,90 dólares logo depois da gigante de Redmond confirmar a exigência do produto. Em conversão direta, pela cotação de hoje, os preços saltaram de 123 reais para 495 reais, um aumento considerável.
Para o executivo, a culpa pela inflação dos preços é dos “especuladores”, pessoas que estariam comprando grandes quantidades do módulo para revender com lucro, aproveitando uma possível alta da demanda pelo componente no futuro. Ele também criticou a Microsoft por impor a necessidade de utilização do processador para atualizar o sistema.
O que é TPM?
No âmbito da computação, TPM é acrônimo para Trusted Platform Module, ou Módulo de Plataforma Confiável, em tradução livre. Trata-se de um processador de criptografia integrado a placas-mãe cuja principal função é oferecer maior segurança durante a inicialização do sistema operacional e assegurar a integridade de sistemas. Um dos seus papeis mais importantes está na inicialização da máquina, em que o chip recebe hashes (algoritmos de mapeamento de dados) gerados no processo e automaticamente os armazena de forma criptografada e isolada dos demais componentes.
A criptografia só pode ser quebrada pelo próprio chip, que a cada inicialização produz uma Storage Root Key (SRK) que incrementa a segurança do sistema. Nem mesmo o Windows 11 tem acesso ao conteúdo desse componente, assim, o TPM protege as informações do PC mesmo se o processador ou o firmware forem invadidos.
Essa ferramenta, segundo a Microsoft, é usada no Windows 10 para a inicialização automática. A companhia também não recomenda a configuração manual do elemento por meio de linhas de código, a não ser para casos específicos, como a redefinição ou realização de uma instalação limpa de um computador.
Tendência de alta em outras marcas
A alta nos preços dos chips TPM 2.0 também foi notada em modelos produzidos por outras marcas, como apontou o site Tom’s Hardware. Módulos fabricados pela ASUS, SuperMicro e MSI ficaram mais caros e já estão indisponíveis em algumas lojas online, podendo dificultar a vida de quem precisar adquiri-los.
É importante ressaltar que o componente está presente em grande parte dos PCs mais novos, além de existir a possibilidade do módulo físico ser opcional em alguns casos. Dessa forma, vale conferir se há a tecnologia instalada em seu dispositivo antes de ir às compras.