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Brasil A turnê de uma das maiores estrelas pop do mundo se transformou em tragédia para uma família e em pesadelo para milhares de fãs

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(Foto: Arquivo pessoal)

Calor, adiamento do show e arrastão: os fãs da cantora Taylor Swift enfrentaram uma série de problemas desde sábado (18). Inicialmente, a apresentação estava marcada para ocorrer durante a noite, mas, faltando apenas 2h para o início, o evento foi remarcado para esta segunda-feira (20). A decisão de remarcar o show, segundo a própria artista, foi para preservar os fãs e a equipe devido ao forte calor que está fazendo no Rio de Janeiro, local da apresentação.

A morte da estudante de psicologia Ana Clara Benevides, de 23 anos, na sexta-feira (17), influenciou no adiamento.

Desde então, os espectadores têm enfrentado diversos problemas. Entre eles está a dificuldade de se manter no estado para assistir a apresentação na segunda, visto que grande parte viajou de outros lugares apenas para assistir o show e voltar para casa.

A professora da rede pública do DF, Izabella Moreira Sousa Cruz, 24 anos, comprou o pacote VIP, mas não esteve isenta das dificuldades. “Chegando na fila, não tinha nenhum tipo de tenda, que era uma coisa que estávamos pedindo muito, então a fila ainda estava sendo muito exposta ao calor. Levamos coisas para sentar, mas o chão estava pegando fogo”, relatou.

Izabella conta que, mesmo com água sendo jogada no público, o calor não deu trégua. “Compramos sombrinhas, gastamos R$ 60 sabendo que seriam jogadas no lixo. Levamos bastante água e isso ajudou pois jogamos no nosso corpo. Eles (a organização) passaram com água nessas filas, mas não estavam passando toda hora, então tinha um espaço grande de tempo que a gente ficava sem água”, completou.

Outro problema relatado pela professora foi a falta de banheiros no local. Ela conta que o público precisou contar com a ajuda da vizinhança para usarem os sanitários.

Na entrada do estádio, Izabella se deparou com uma nova dificuldade. Ela expõe a falta de organização durante a entrada do público no local. “Quem estava na pista, mesmo com sombrinha, estava impossível de ficar lá. Na pista estavam dando muita água, mas onde eu estava, na cadeira, não estava passando. Eu tive que desembolsar toda a água que tomei, que era R$ 10 cada”, explica.

“A gente sentiu um descaso. Tivemos que enfrentar tudo isso, para quase na hora do show da Sabrina Carpenter ficarmos sabendo da notícia. Ficamos sabendo porque uma menina na nossa frente disse que a Taylor tinha acabado de postar que o show havia sido adiado. Achei que ela estivesse zoando com a nossa cara, e logo em seguida veio a voz oficial. Nesse momento, víamos gente gritando, chorando”, relata a jovem.

Início do arrastão

Após a notícia de adiamento do show de Taylor Swift, os fãs enfrentaram um grande perigo durante a saída. Do lado de fora do estádio, alguns espectadores foram vítimas de um arrastão. Apesar de não ter sido uma das vítimas, Izabella Moreira chegou a presenciar o momento do início do crime.

“Quando eu saí tinha bastante policiamento, mas se você andasse para mais longe, não havia mais polícia. A gente percebeu que tinham muitas pessoas tentando começar um arrastão. Longe do estádio foi diminuindo a guarda e aí ocorreram os arrastões”, disse.

Durante a saída, a professora também presenciou muitos fãs passando mal. “Onde passamos ao lado dos bombeiros tinham quatro dentro da ambulância e outros cinco esperando por atendimento”, finalizou.

“Revolta”

Marcella do Nascimento Rodrigues, de 23 anos, destacou a revolta diante do adiamento do show após um longo dia de dificuldades. “Foi insalubre a situação na fila e no estádio. Parecia um forno, nunca senti aquele calor em toda a minha vida. Passamos o tempo todo jogando água na cabeça. Em vários momentos passamos mal. Levamos comida mas o calor era tanto que quando tentávamos comer não conseguíamos”, relata.

Marcella considera “uma falta de respeito” o anúncio ter sido dado pouco tempo antes do início da apresentação. “Todo mundo em pé, em seus lugares. Mesmo com toda essa situação, estava todo mundo em um momento bom e fazendo amizades, trocando pulseiras e tirando fotos”, acrescentou.

“Foi simplesmente uma lembrança horrível. Não saí de lá com lembranças boas. A única coisa boa foi ter conhecido pessoas que estavam lá, pessoas boas, de outros lugares. Cancelaram como se não fosse nada, não conheci um carioca no show, todos que conheci eram de fora. Tem a passagem, hospedagem, almoço, janta, transporte. É muito dinheiro”, finalizou.

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