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Saúde Anvisa emite alerta a empresas que usam o aditivo alimentar propilenoglicol

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Anvisa publicou uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição e o uso de massas alimentícias que usam o produto. (Foto: Keishi/Divulgação)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, nesta última semana, um alerta destinado a todas as empresas envolvidas na cadeia produtiva de alimentos para consumo humano que utilizam o aditivo propilenoglicol, em especial as que tiveram relação com lotes do produto da empresa Tecno Clean contaminados com etilenoglicol.

O propilenoglicol é comumente usado pela indústria de alimentos, com autorização da Anvisa.

O que está sendo investigado e pode ter levado à intoxicação e morte de cães é a contaminação do aditivo alimentar por etilenoglicol, substância altamente tóxica. Até o momento, essa contaminação foi confirmada em dois lotes específicos de propilenoglicol, vendidos pela Tecno Clean: AD5035C22 e AD4055C21.

Os lotes foram analisados preliminarmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que detectou a contaminação de petisco para cães por etilenoglicol, substância extremamente tóxica, se ingerida.

Ao identificar, durante a investigação dos fatos, a possibilidade de distribuição do ingrediente contaminado para fábricas de alimentos para uso humano, o Mapa compartilhou as informações para que a Anvisa pudesse adotar ações relacionadas aos produtos sujeitos a vigilância sanitária. Posteriormente, o Mapa informou que os resultados preliminares das análises detectaram monoetilenoglicol como contaminante de propilenoglicol em outros lotes de produtos para alimentação animal.

O propilenoglicol (INS 1520) é um aditivo alimentar autorizado pela Anvisa para uso em 21 (vinte e uma) categorias de alimentos para consumo humano, com 4 (quatro) funções de uso: umectante, agente clareador, estabilizante e glaceante. Para 3 (três) dessas categorias de alimentos há restrição de uso do aditivo alimentar propilenoglicol. Para todas as categorias de alimentos há limite de uso (mg/kg) do propilenoglicol, conforme legislação específica.

Massas

Na quinta-feira (22), a Anvisa publicou uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da empresa BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda. – CNPJ 34.258.991/0001-29 (nome fantasia Keishi), fabricadas entre 25/7/2022 e 24/8/2022. A agência determinou também o recolhimento desses produtos.

Essa ação é parte da investigação sobre o caso do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol, que causou a intoxicação e a morte de animais. O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda. A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda. e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas.

Segundo os dados fornecidos, a empresa possui nome fantasia Keishi e é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas.

De acordo com a Anvisa, as empresas que “tenham as massas da marca Keishi (BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.) não devem comercializá-las e nem as utilizar. Consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos produtos”.

Ainda conforme a agência, se o consumidor “não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, não consuma o produto”.

“A Anvisa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os órgãos de Vigilância Sanitária locais seguem com a investigação de forma minuciosa e continuarão realizando inspeções diárias nas empresas envolvidas. As informações sobre as empresas e a rastreabilidade dos produtos continuam sendo atualizadas diariamente. Dessa forma, continua o processo de investigação dos fatos. Ainda não foi protocolado nenhum recolhimento voluntário junto à Anvisa, mas todas as empresas envolvidas estão sendo rigorosamente acompanhadas e, se for verificada a necessidade de recolhimento de produtos, a Anvisa fará sua determinação”, informou a Anvisa.

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https://www.osul.com.br/anvisa-emite-alerta-a-empresas-que-usam-o-aditivo-alimentar-propilenoglicol/ Anvisa emite alerta a empresas que usam o aditivo alimentar propilenoglicol 2022-09-24
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