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Geral Após hostilizar Lula, ultradireita de Portugal é barrada de viagens oficiais ao exterior

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Lula participou de Sessão Solene de Boas-Vindas no parlamento português e foi alvo de protestos. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente do Parlamento de Portugal, Augusto Santos Silva, anunciou que o partido de extrema direita Chega foi excluído das delegações que compõem suas visitas oficiais ao Congressos Nacionais de outros países. A medida é a retaliação aos protestos feitos por deputados da sigla durante o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma sessão de boas-vindas em sua homenagem, no 25 de Abril.

“Este critério aplica-se de imediato e significa a exclusão de qualquer representante do grupo parlamentar do Chega”, informou a nota enviada pelo gabinete de Santos Silva, do Partido Socialista.

A decisão foi comunicada pelo presidente do Parlamento em uma reunião de líderes nesta quarta-feira. A justificativa foi que a bancada da direita radical não respeita as regras democráticas e as relações diplomáticas entre os poderes:

“Sempre que as suas deslocações em visita oficial a outros Parlamentos incluam contatos com chefes de Estado, chefes de Governo ou Ministros dos Negócios Estrangeiros, deixará de ser acompanhado por representantes de grupos parlamentares que, pela sua prática, tenham demonstrado não garantirem, a 100%, que respeitam essas altas entidades e, em geral, as obrigações de respeito e cortesia que há muito caracterizam e distinguem a ação externa de Portugal”.

André Ventura, deputado e líder do partido radical, que já adotou publicamente uma postura xenófoba, mas que conta com apoio de policiais e de brasileiros bolsonaristas e evangélicos que vivem em Portugal, soube por telefone do veto.

“É o grau zero na democracia. Esta atitude infantil e ditatorial não ajuda nada à democracia. Santos Silva não gostou o que aconteceu no 25 de Abril, nós também não”, disse Ventura, que convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que nunca foi a Portugal em seu mandato, para uma cúpula da extrema direita em Lisboa, programada para maio.

Porém, a maioria dos deputados e comentaristas políticos de Portugal consideraram que partiu do Chega uma atitude infantil e antidemocrática. Enquanto Lula discursava, os deputados mostravam cartazes e batiam nas mesas para tentar igualar os aplausos da maioria.

Coube a Santos Silva, mais uma vez, repreendê-los. O presidente do Parlamento tem sido considerado como um ator eficiente para conter os rompantes antidemocráticos da bancada de ultradireita.

“Chega de insultos, chega de trazerem vergonha para o nome de Portugal”, disse o presidente, sentado ao lado de Lula no hemiciclo.

Ao deixar o Parlamento, Lula parou diante da bancada de extrema direita e sorriu diante do protesto. Logo depois, comentou:

“Às vezes lamento porque, quando as pessoas não têm uma coisa boa para fazer, para aparecer, fazem essa cena de ridículo. Quando essas pessoas [do Chega] deitarem a cabeça no travesseiro vão falar: ‘Que papelão nós fizemos’.” As informações são do blog Portugal Giro, do jornal O Globo.

 

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