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Brasil Após ordem para fechar fronteira, venezuelanos correram para comprar mantimentos no Brasil

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Os migrantes e refugiados são vacinados, passam por avaliação clínica, entrevistas e podem solicitar emissão de documentos como CPF. (Foto: Reprodução)

Em meio à ordem do presidente da Venezuela Nicolás Maduro para fechar a fronteira com Brasil na noite desta quinta-feira (21), venezuelanos entraram no País para comprar estoques de mantimentos em Pacaraima (RR). “Estamos correndo contra o tempo o mais rápido possível para poder passar antes que a fronteira feche”, disse o venezuelano Genson Medina, de 22 anos, que nesta tarde comprava mantimentos em um comércio de Pacaraima, a 215 km da capital Boa Vista, onde há intensa movimentação.

No pronunciamento, o líder chavista disse que a fronteira entre os dois países será “fechada total e absolutamente até novo aviso”.

O anúncio de Maduro foi feito em meio à pressão para que ele permita a entrada de ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, após pedido do auto-proclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política do país.

“Eu acho que os venezuelanos estavam prevendo que a fronteira seria fechada porque hoje o movimento aqui quase dobrou. De meio dia até uma hora foi o maior volume de compra, uns 30% a mais que em dias comuns”, disse o comerciante brasileiro Orandir Cardoso, 53 anos.

Em Brasília, o governador do Estado, Antônio Denarium (PSL), disse acreditar que, embora crie um “clima tenso” na região, a decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro de fechar a fronteira com o Brasil não impedirá a entrega de alimentos e medicamentos aos cidadãos do país vizinho.

Morador de Santa Elena de Uairén, primeira cidade venezuelana após a fronteira, Nelson Rodrigues, de 34 anos, decidiu comprar tudo em dobro para estocar alimentos em casa. “Vou levar mais por precaução. Fechar a fronteira é ruim porque nós precisamos comprar comida aqui”, disse Nelson se referindo à escassez de comida e remédios no país em crise.

“Nem temos estimativa de quanto vendemos, porque sai tudo muito rápido”, afirmou Osmar Cardoso, comerciante brasileiro.

Tanques em cidade fronteiriça

Um dia antes do anúncio de Maduro, o exército venezuelano movimentou tanques na cidade de Santa Elena de Uairén, a 15 Km da divisa com Brasil, na tarde de quarta-feira (20).

A movimentação foi registrada por moradores e divulgada em redes sociais. Ela ocorreu um dia após governo brasileiro anunciar que, em cooperação com os Estados Unidos, vai ofertar ajuda humanitária ao país a partir de sábado (23).

Ricardo Delgado, ex-prefeito de Santa Elena e integrante da oposição ao governo Maduro, disse que os cinco tanques já estavam na cidade há anos, mas foram movimentados numa “tentativa de intimidar a população frente à ajuda humanitária”.

Ele disse que no sábado, 300 voluntários venezuelanos devem ajudar a levar a ajuda anunciada pelo Brasil. O material, segundo ele, deve ser transportado em três caminhões venezuelanos.

Por telefone, o vice-cônsul da Venezuela em Roraima José Martír disse que não vai comentar sobre o assunto.

 

 

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https://www.osul.com.br/apos-ordem-para-fechar-fronteira-venezuelanos-correm-para-comprar-mantimentos-no-brasil/ Após ordem para fechar fronteira, venezuelanos correram para comprar mantimentos no Brasil 2019-02-21
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