Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2016
Após virar réu em uma segunda ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (22), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, por meio de nota, estar confiante de que será absolvido.
Por unanimidade, os ministros da Suprema Corte decidiram nesta quarta aceitar denúncia contra o peemedebista por suposto recebimento e movimentação de propina em contas secretas na Suíça. Com a decisão, Cunha responderá por suposta prática de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e declaração falsa em documento eleitoral.
“Respeito a decisão e confio que, ao fim do julgamento do mérito, serei absolvido”, afirmou Cunha em nota. Ele disse ainda que respeita a decisão da Corte, mas demonstrou “inconformismo” porque argumentos da sua defesa não teriam sido levados em conta.
“Ressalto, ainda, o meu inconformismo com a decisão, dando como exemplo que a comprovação feita pela minha defesa de que uma suposta reunião na Petrobras não existiu, foi ignorada e usada como parte da fundamentação da aceitação da denúncia”, afirmou.
Em março, quando se tornou réu pela primeira vez, Cunha era acusado de exigir e receber ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras.
Leia a íntegra da nota:
Com relação à denúncia aceita hoje, pelo STF, tenho a falar:
1 – Respeito a decisão e confio que, ao fim do julgamento do mérito, serei absolvido.
2 – Lamento o não acolhimento das preliminares e concordo integralmente com os argumentos do ministro Marco Aurélio.
3 – Ressalto, ainda, o meu inconformismo com a decisão, dando como exemplo que a comprovação feita pela minha defesa de que uma suposta reunião na Petrobras não existiu, foi ignorada e usada como parte da fundamentação da aceitação da denúncia.
4 – Ao longo da instrução probatória, a minha defesa comprovará que o instituto do trust não significa que eu detenha a titularidade de conta.
Eduardo Cunha