Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2020
Além de um novo presidente, os Estados Unidos têm uma nova Miss: Asya Branch, de 22 anos, do Mississipi, coroada na noite da última segunda-feira (9), em Memphis, no Tennessee. Asya fez história duas vezes com sua participação no concurso. Apesar de o Estado ter quase 40% de negros em sua população e ter um dos históricos de segregação racial mais violento dos EUA, ela foi a primeira mulher negra a representá-lo numa competição nacional. E mais: a primeira a vencer, já que o Mississipi nunca ficou em primeiro lugar uma competição nacional.
Nascida em Booneville, Asya é estudante da Universidade do Mississipi e, em sua declaração final falou sobre o perigo do armamento desenfreado nos EUA.
“Eu acho que a educação deve estar disponível para todos. Acredito que devemos exigir que as pessoas passem por cursos de treinamento e segurança antes de terem permissão para comprar uma arma e antes de receber uma licença”, disse. “É importante não proibirmos as armas porque, obviamente, as pessoas vão encontrar uma maneira de conseguir o que desejam de qualquer maneira. Mas, acho que é o nosso direito na Segunda Emenda e só precisamos de mais segurança em torno disso”.
Asya, que também é empresária, dona da marca de cosméticos Branch Beauty, também advoga a favor da reforma prisional nos Estados Unidos. Quando venceu o Miss Mississipi, fez um post sobre o assunto em suas redes.
“Eu cresci como filha de um pai encarcerado. Por meio das dificuldades financeiras, mentais e emocionais que enfrentei, aprendi a superar obstáculos e desafiar as adversidades, mas também aprendi o quão injusto nosso sistema de justiça realmente é. Aprendi que muitas pessoas atrás das grades não pertencem realmente a esse lugar. Aprendi que o racismo sistêmico realmente existe. Aprendi que o encarceramento é uma sentença familiar compartilhada.”