Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2021
Com a pandemia, crianças pararam de ir à escola e, sem contato com colegas, ficaram menos expostas à luz solar e mais conectadas às telas dos computadores e celulares. Com isso, entre 2019 e 2020, a progressão da miopia cresceu 40% entre os jovens de 5 a 18 anos.
No Brasil, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 6,8 milhões das crianças já sofrem com miopia. Especialistas recomendam estimular brincadeiras e atividades ao ar livre. Uma hora por dia é o mínimo recomendado para minimizar o risco de progressão da miopia.
“A exposição ao sol, com certeza, é um fator protetor. Então, a ausência de exposição ao sol é algo que aumenta o risco do desenvolvimento de miopia”, explicou o oftalmologista Fabio Bondar.
A Isabela descobriu a miopia com 13 anos. Desde muito cedo precisou procurar orientação médica e optou por usar lentes de contato. Mas na pandemia percebeu que o problema se agravou.
“Ela disse que o meu grau tinha aumentado muito comparando aos anos anteriores e, realmente, tinha aumentado demais, porque eu estava estabilizando o meu grau. E com a pandemia o meu grau subiu de um jeito que não subia, desde que eu descobri. Além de ter as aulas on-line da faculdade, eu fiquei muito mais no telefone porque eu comecei estágio, onde eu trabalho só com o telefone. Isso aumentou muito o tempo que eu passava no celular, porque ainda tem o lazer, no qual eu uso o telefone também”, contou a estudante Isabela Lafin.
Limitar o uso de aparelhos como smartphones, tablets e televisores e diminuir a luminosidade da tela do celular, principalmente à noite, são uma das principais dicas para quem sofre com o problema e também para prevenção.