Sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 9 de março de 2016
Ele pode passar despercebido a maior parte do tempo, mas, no verão, não tem jeito: o umbigo acaba aparecendo, seja na praia ou na piscina. E, embora possa parecer o máximo da frescura, há quem se incomode com o formato do dito cujo. Até famosas com corpos esculturais costumam ser alvos de críticas quanto ao formato da região: Izabel Goulart, Carol Magalhães, Juju Salimeni são algumas delas. Assim, recorrer a tratamentos para melhorar o aspecto da área é algo muito mais comum do que se imagina e há desde tratamentos estéticos a intervenções cirúrgicas.
O cirurgião plástico Rodrigo Fuzaro explica que, qualquer grau de flacidez abdominal em pacientes com peso normal já pode dar origem ao chamado “umbigo triste” (com a pele voltada para baixo): “Pode acontecer pós-lipo, pós-gravidez e pós-emagrecimento”.
A dermatologista Helena Costa conta que uma paciente já se queixou de “depressão umbilical”: “Ela brincou que a intenção não era que eu desse antidepressivo para o umbigo tristonho dela e disse que, inclusive, não fazia questão que ele ficasse feliz [fez isso tracionando o umbigo com os dedos, como se ele estivesse sorrindo]. Queria, na verdade, que eu desse um susto nele para que ficasse redondinho.”
E qual o aspecto mais desejado? O cirurgião plástico Eduardo Sucupira, afirma que, geralmente, as pacientes querem um umbigo de forma elíptica, fundo, que fique no meio da barriga e que não seja percebido como estigma de uma cirurgia. “Mas tentar imitar o umbigo de uma famosa, por exemplo, pode acabar deixando um resultado muito artificial”, diz.
A seguir veja tratamentos que podem ser feitos nos consultórios estéticos.
Sculptra – Consiste na aplicação injetável de ácido polilático em toda a extensão da pele da região abdominal. Ele estimula a produção de colágeno, aumentando a sustentação da pele. São feitas, em média, de duas a quatro aplicações com intervalo mensal. O resultado é percebido após o segundo mês e dura 18 meses.
Sutura Silhouette – Técnica bem recente que utiliza fios absorvíveis compostos de ácido polilático. Sua estrutura tem cones que, aos serem tracionados, se prendem debaixo da derme promovendo a sustentação. Além disso, os fios estimulam as fibras colágenas e elásticas, aumentando o efeito lifting da pele do abdômen. A durabilidade do efeito gira em torno de 18 meses também.
Ulthera – Ultrassom microfocado que emite ondas que, além de estimularem a produção de colágeno, contraem as fibras musculares. A sustentação da pele acima do umbigo é percebida a partir do segundo mês e continua melhorando até o sexto mês. Os efeitos duram entre nove a 13 meses.
Criofrequência – Funciona emitindo radiofrequência, através de conversão de energia elétrica em calor. A vantagem desse tratamento sobre as demais radiofrequências é que ela tem polos em temperaturas abaixo de zero, permitindo aumentar muito a temperatura interna. O efeito frio-calor provoca uma contração imediata do tecido, estimulando a produção de colágeno e elastina, o que gera o efeito lifting.
Há ainda casos em que só a cirurgia resolve, e aí pode ser feita uma incisão apenas no umbigo, chamada de onfaloplastia: “Quem mais procura esse tipo de intervenção são pacientes que têm o excesso de pele no abdômen, o que cria o ‘umbigo triste’. Há a cirurgia apenas nessa área ou a abdominoplastia, que retira excesso de pele de todo abdômen e também refaz o umbigo”, afirma o cirurgião plástico Rodrigo Duprat.