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Colunistas De quem é a responsabilidade pela Defesa e Segurança Nacional?

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O estudo da história deveria nos permitir que os equívocos do passado não se repitam e que as sociedades vivam melhores.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O estudo da história deveria nos permitir que os equívocos do passado não se repitam e que as sociedades vivam melhores. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Não é a primeira vez que esta pergunta “indigesta” para grande maioria dos brasileiros se apresenta. No entanto, como de outras vezes, mais do que nunca a conjuntura internacional nos obriga a trazê-la à tona e, não só refletir sobre ela. Agir para que num futuro de médio e longo prazo o Brasil que hoje conhecemos continue sendo o Brasil e, preferencialmente um Brasil melhor, é da responsabilidade de todos nós, os brasileiros.

Governos divulgam “White Papers” ou Livros Brancos, seguindo uma iniciativa britânica do século XX, para informar os cidadãos sobre problemas nacionais e orientar como enfrentá-los. “Os livros brancos são utilizados para educar os leitores e ajudar as pessoas a tomar decisões”, segundo a definição que podemos encontrar na Wikipedia.

Assim, a Defesa e a Segurança Nacional são objeto de um Livro Branco onde as FFAA listam os potenciais cenários de conflito a que pode o País ser envolvido e as providencias no sentido do seu enfrentamento. Como dito anteriormente os livros brancos visam “educar os leitores e ajudá-los a tomar decisões”. No entanto, aqui começa o nosso problema; como educar a quem não lê? Como ajudar a tomar decisões aqueles que não estão conscientes das mesmas e de sua importância?

O estudo da história deveria nos permitir que os equívocos do passado não se repitam e que as sociedades vivam melhores. Creio que todos nós concordamos com este axioma. Porém, não podemos negar um contrassenso; apesar dos avanços da ciência e da tecnologia, que por um lado fazem a qualidade de nossas vidas muito melhor do que já foram para nosso País e ancestrais, em termos da estabilidade política e social, a mim me parece, estarmos ainda a deriva, sem rumo, para não dizer que nosso progresso é ínfimo ou inexistente.

Vozes irão se levantar contra esta afirmação, mas basta olhar para o nosso quadro político e social e fazer uma avaliação rápida e isenta e poderemos até concluir que regredimos. Os desvios, “malfeitos” ou ainda “roubo” para usar alguns termos cunhados por representantes de correntes ideológicas no Brasil, continuam a acontecer e se repetem sem que alguma ação efetiva seja tomada.

E isto se deve porque os interesses pessoais ou de classes, não classes sociais, mas políticas, prevalecem visando sempre o interesse individual ou daquele grupo que aufere vantagem. Esta é a realidade do Brasil, da qual e não me excluo ao fazer esta reflexão.

Pois bem, o universo político internacional vem nos últimos 5 anos, num crescendo de conflitos que ameaçam envolver significativas porções do globo em ações bélicas de proporções regionais, porém de consequências globais.

O Oriente Médio, o terrorismo, a Rússia e a Ucrânia, a China e Taipé, a Índia e o Paquistão, o Japão, a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, a OTAN que compromete os EUA a defender nações Europeias contra ações vindas do Leste, a nova Rota da Seda tendem a nos colocar na rota de conflitos, além daqueles regionais como Venezuela e Guiana, o narcotráfico vindo da Colômbia, da Venezuela, do Peru, o contrabando e exploração não autorizada de nossos recursos naturais e biodiversidade, da nossa Amazônia Azul e assim por diante.

Nos últimos anos países europeus, do oriente e vizinhos nossos do Hemisfério Sul tem aumentado suas despesas (investimentos) em defesa com vistas a sua prontidão para o conflito, ou melhor para a dissuasão. Os países europeus hoje estão num processo de elevar seus gastos (investimentos) em defesa, hoje na faixa de 1%, a 2% até 2027.

E o Brasil? Sob uma argumentação de que somos um País pacífico, assistimos nossa capacidade de dissuasão ser cada vez menor e uma expressão de poder do nacional inconsistente. Frente a tudo isto, as FFAA estão propondo a PEC 55, desconhecida para a grande maioria dos brasileiros, cujo objetivo é dar uma solução de continuidade e nos capacitar com uma força de dissuasão que nos permita continuar a ser “pacíficos”.

Esta PEC habilitará nossa FFAA de uma solução de previsibilidade e incentivará nossa indústria de Defesa, que é um dos vetores do nosso desenvolvimento tecnológico. Como brasileiros que anseiam por um país independente e capaz, convém a todos estarem informados e conscientes dos desafios da Defesa e Segurança Nacional do Brasil nos dias de hoje.

 (Julio César Hilzendeger é presidente da AOR/2-RS)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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