Terça-feira, 09 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta quinta-feira (7) que a ação militar é “certamente uma opção” a respeito da Coreia do Norte, mas assegurou que prefere não seguir essa via. “A opção militar é certamente uma opção, é algo que poderia acontecer”, disse Trump em uma coletiva de imprensa conjunta com o emir do Kuwait, Sabah al-Ahmad Al-Sabah, sobre a escalada de tensões com Pyongyang.
Questionado se este caminho é “inevitável” pelas contínuas provocações do regime de Kim Jong-un, que realizou numerosos lançamentos de mísseis e ameaçou as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental, o governante americano respondeu que “nada é inevitável”.
Trump, no entanto, apontou que “preferiria não seguir essa via”, pois seria “um dia muito triste” para a Coreia do Norte, dado o poderio militar dos EUA.
Após o teste nuclear do último final semana, em que o regime de Kim Jong-un assegura ter detonado sua bomba atômica mais potente até o momento, Trump disse que cogita suspender o comércio com qualquer país que faça negócios com Pyongyang e insinuou que não descartava um ataque à Coreia do Norte.
Por sua parte, o secretário de Defesa, James Mattis, prometeu uma “grande resposta militar” perante “qualquer ameaça” da Coreia do Norte aos territórios do país, incluindo a ilha de Guam, ou a seus aliados.
Outros posicionamentos
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, emitiram um comunicado conjunto em que pedem sanções mais duras contra a Coreia do Norte
“Além do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia deve agir já. A chanceler e o presidente expressam seu apoio a um endurecimento das sanções da UE contra a Coreia do Norte”, diz a nota.
Já o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, considerou o teste nuclear norte-coreano “imprudente” e uma “provocação”. “Eles parecem estar mais perto de uma bomba de hidrogênio que, se armada em um míssil, seria inquestionavelmente uma ameaça em uma nova ordem”, disse Johnson à rede de TV Sky News, acrescentando não haver soluções militares “palatáveis” para a questão.
A Rússia, por sua vez, preferiu adotar um tom mais parcimonioso nas críticas, afirmando ser necessário “manter a calma” diante da situação e evitar ações que levem a uma escalada nas tensões, embora considere que a Coreia do Norte se arrisca a sofrer “serias consequências” por suas ações. Para o país, as negociações são a única maneira de resolver a crise com a Coreia do Norte.
Além disso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrou recentemente com seu contraparte chinês, Xi Jinping. Na reunião, ambos se comprometeram a “lidar apropriadamente” com o teste norte-coreano. “Os dois líderes concordaram em manter o objetivo de desnuclearizar a Península Coreana”, informou a agência de notícias chinesa Xinhua.