Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2022
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar o regime domiciliar concedido a Roberto Jefferson, após ele desqualificar Cármen Lúcia por votar a favor de punir a Jovem Pan em razão de declarações consideradas distorcidas e ofensivas a Lula.
O presidente de honra do PTB gravou um vídeo em que xinga a ministra do TSE de “bruxa de Blair” e “Cármen Lúcifer”, além de compará-la a uma “prostituta”. Também se refere ao TSE como “latrina”.
Os advogados alegam que Jefferson desrespeitou as medidas cautelares impostas a ele ao usar as redes sociais e sustentam que o ex-deputado cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação. A entidade pede que seja restabelecida a prisão preventiva do político e que os possíveis delitos sejam apurados.
A ABJD afirma que os ataques a ministros da Corte se tornaram corriqueiros, sendo este episódio pautado pela misoginia e ofensas à dignidade de Cármen.
Jefferson é investigado por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia. Em domiciliar, está impedido de usar redes sociais, dar entrevistas e receber visitas — o que tem descumprido reiteradamente. Alexandre de Moraes disse em setembro que, se o ex-deputado continuar desrespeitando tais medidas, voltaria à prisão.
Caso Marina Silva
No caso de Marina Silva, a deputada eleita afirmou, em sua rede social, que os xingamentos vieram por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro. “É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres”, disse.
Neste sábado (22), durante encontro de Lula com a imprensa mineira, a ex-senadora contou que estava saindo de um restaurante quando um grupo de pessoas, dentro do espaço, começaram a gritar “mito” e “Bolsonaro”. “Até aí, tudo bem! É do jogo democrático. Nós também gritamos ‘Lula presidente’, nós também fazemos a nossa manifestação política. Só que uma pessoa gritou com palavra de baixo calão, me chamando de vagabunda. Eu ouvi por duas vezes”, disse.