Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2022
Um general do Exército mexicano foi preso por suspeita de responsabilidade no desaparecimento de 43 estudantes em 2014, quando comandava um batalhão no município de Iguala, no Estado de Guerrero, onde o fato ocorreu. O anúncio foi feito pelo governo do país nessa quinta-feira (15).
O subsecretário nacional de Segurança, Ricardo Mejía, informou que três pessoas foram detidas — as outras duas também são militares. Ele não detalhou quando as prisões ocorreram e nem revelou a identidade dos acusados, mas a imprensa e a defesa dos familiares identificaram um dos detidos como sendo o general de brigada José Rodríguez Pérez.
Uma comissão oficial designada para esclarecer o caso afirma que os envolvidos presos nessa quinta permitiram o desaparecimento dos 43 estudantes e o homicídio de outras seis pessoas com “ações, omissões ou participação”.
O desaparecimento ocorreu entre a noite de 26 de setembro de 2014 e a madrugada seguinte, quando os jovens tentavam entrar em um ônibus em Iguala para viajar à Cidade do México e participar de manifestações.
Eles foram detidos por policiais em conluio com o cartel criminoso Guerreros Unidos, que teria assassinado os estudantes ao confundi-los com membros de um grupo rival. Até o momento, os restos mortais de apenas três vítimas foram identificados.
Prisões em massa
No mês passado, a Justiça ordenou a prisão de 20 comandantes militares e 44 policiais supostamente envolvidos no incidente. O subsecretário nacional de Segurança acrescentou que o governo vai impugnar uma sentença que determinou a absolvição do ex-prefeito de Iguala José Luis Abarca, um dos acusados pelo sequestro dos estudantes, além de outros 19 envolvidos
O represente do governo prosseguiu, detalhando que será apresentada uma queixa ao Conselho de Magistratura Federal contra o juiz que proferiu essa decisão. O magistrado em questão, Samuel Ventura Ramos, concedeu 98 sentenças isentando acusados dos crimes cometidos em Iguala.