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Economia Governo se reúne com a indústria e discute incentivo para reduzir consumo de energia em momentos de pico

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Tarifas são pressionadas pelo custo das medidas emergenciais para evitar racionamento, por preços dos combustíveis, alta do dólar e inflação. (Foto: Arquivo/EBC)

Integrantes do Ministério de Minas e Energia se reuniram com representantes da indústria, na sexta-feira (4). Os técnicos estão discutindo um programa para incentivar grandes consumidores a reduzir o consumo de energia elétrica nos momentos de pico de demanda, em meio a uma crise hídrica histórica que atinge os principais reservatórios de usinas hidrelétricas.

O governo quer simplificar um programa que já existe, mas que até agora teve pouca adesão. Esse programa, chamado de Resposta da Demanda, é um mecanismo para gerenciar o consumo dos clientes em resposta às condições de oferta das fontes energéticas do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O MME não quer obrigar as empresas a aderirem ao programa. Uma adesão compulsória é vista no setor elétrico como uma forma de racionamento de energia, o que é descartado pelo governo. Por isso, o trabalho é para incentivar a adesão voluntária.

Dentro do governo, não está sendo discutida a possibilidade de incluir também incentivos para os consumidores residenciais (atendidos por distribuidoras de energia elétrica), porque isso obrigaria trocar o relógio de medição de todas as residências. Os grandes consumidores não têm o fornecimento intermediado pelas distribuidoras.

Hoje, nos momentos de pico da demanda, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) coloca em operação um conjunto de usinas termelétricas caras e poluentes, além de exigir mais de hidrelétricas, para garantir o suprimento, mesmo em momentos de seca.

Com o programa para reduzir o consumo, nos momentos de pico, o ONS pode solicitar que o consumidor industrial reduza sua demanda. Ele é compensado financeiramente pela redução do seu consumo por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Isso acaba sendo positivo para todos os consumidores porque reduz o custo de operação do sistema e também economiza água nos reservatórios das hidrelétricas.

Sem risco de corte

O ONS afirmou que o País não corre risco de corte no fornecimento de energia este ano, apesar de o país passar pela “pior crise hidrológica desde 1930”. A ONS divulgou na sexta-feira (4) uma nota técnica com a avaliação das condições de atendimento energético do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nessa nota, a entidade afirma que o nível das chuvas, “significativamente abaixo da média histórica”, motivou uma série de recomendações.

As medidas propostas, segundo a ONS, já foram postas em prática. “Entre as ações em curso destacam-se a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia”, explicou a entidade.

Segundo ela, as providências estão sendo tomadas para garantir o fornecimento de energia. “Sendo assim, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021”.

Na análise da ONS, o déficit de precipitação acumulado nos últimos dez anos em algumas bacias chega alcançar um valor maior do que o total de chuva que ocorre em média num ano. Por causa disso, explicou a entidade, as vazões afluentes às usinas localizadas nessa bacia também têm se situado abaixo da média histórica nos últimos anos.

“Considerando-se as previsões de afluência obtidas com a chuva de 2020, prevê-se a perda do controle hidráulico de reservatórios da bacia do Rio Paraná no segundo semestre de 2021; a perda do controle hidráulico na bacia do Paraná implicaria em restrições no atendimento energético nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste”, apontou o documento da ONS, em duas de suas conclusões.

“[…] As medidas indicadas, que resultam na manutenção da governabilidade hidráulica da bacia do rio Paraná, permitem assegurar o atendimento eletroenergético do SIN em 2021”, acrescentou a nota técnica. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.

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