Por Redação O Sul | 18 de maio de 2018
O presidente norte-americano Donald Trump lamentou a morte de, ao menos, dez estudantes em uma escola na área metropolitana de Houston, no Estado do Texas, alvejados por um atirador de 17 anos que invadiu uma sala de aula na manhã de sexta-feira. Em um rápido pronunciamento no Salão Leste da Casa Branca, Trump não falou sobre controle de armas, mas disse que é preciso a união de todos para garantir a segurança dos alunos nas escolas. “Isso vem acontecendo há muito tempo no nosso país. Muitos anos. Muitas décadas agora”, disse o presidente.
Donald Trump iniciou seu discurso “expressando tristeza pelo tiroteio mortal no colégio Santa Fé”. “Estamos monitorando de perto a situação e as autoridades federais estão coordenando com as autoridades locais.”
Pressionado a restringir a legislação sobre armas nos Estados Unidos, o presidente norte-americano destacou em seu discurso que o problema não é novo. “Isso vem acontecendo há muito tempo no nosso país. Muitos anos, muitas décadas agora”, afirmou.
“Enviamos nosso apoio e amor […] aos estudantes, famílias, professores e funcionários em Santa Fé.” Embora não tenha mencionado qualquer restrição à lei de armas, Trump afirmou que seu governo está “determinado a fazer tudo o que estiver ao alcance” para proteger alunos, escolas “e manter as armas longe das mãos daqueles que representam uma ameaça para si mesmos e para os outros”.
O presidente dos Estados Unidos pediu que as autoridades em todas as esferas de governo trabalhem juntos “para manter nossos filhos seguros”. “Que Deus cure os feridos, esteja com as vítimas e com as famílias das vítimas. Dia muito triste.”
Em fevereiro, um tiroteio em uma escola de ensino médio de Parkland, Flórida, deixou 17 mortes e uma grande mobilização nacional foi realizada, com marchas em Washington e em diversas cidades.
O crime
Segundo um estudante da Santa Fe High School, o jovem de 17 anos invadiu uma aula de artes do primeiro período e começou a tirar. Os alarmes de incêndio dispararam por volta das 7h45min (horário local) para que os alunos evacuassem. “No começo, pensamos que era uma simulação de incêndio quando a professora começou a gritar: ‘Comece a correr’”, disse o aluno à emissora de televisão KTRK.
O xerife do condado de Houston, Ed Gonzalez, afirmou que a maioria dos mortos são estudantes da escola. Dois dos doze feridos foram encaminhados em estado grave ao hospital. Um policial foi ferido.
Gonzales também afirmou que explosivos foram encontrados no campus da escola e nas proximidades do local.
Os conhecidos o descreveram o atirador como um jovem quieto e despretensioso, que jogava no time de futebol da escola, um ávido jogador de videogame, que rotineiramente usava um casaco preto e botas pretas para ir a aula. Ele foi preso após o massacre.
O jovem, que estava sob custódia por assassinato, foi preso após o massacre, confessou à polícia que usou uma espingarda e um revólver calibre 38 do pai, que possui as armas legalmente, e disse que pretendia cometer suicídio depois do ataque, mas se entregou as autoridades porque não teve coragem de tirar a própria vida.
Não está claro se o pai do estudante sabia que jovem tinha pegado as armas.
