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Economia Juro baixo em nosso país leva o brasileiro a investir no exterior em ativos de maior risco

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Os caminhos para investir internacionalmente estão crescendo. (Foto: Reprodução)

Se o agravamento da pandemia impede brasileiros de embarcar para outros países, o mesmo não se pode dizer dos investimentos. Com o aumento das incertezas no cenário doméstico, muitos já buscam melhores alternativas de diversificação com ativos no exterior.

Os caminhos para investir internacionalmente estão crescendo. Além da possibilidade de abrir conta em instituições financeiras estrangeiras, o mercado interno vem expandindo o acesso a alternativas para diferentes perfis de investidores, como fundos de investimento, ETFs (fundos de índices listados em bolsa de valores) e BDRs (recibo com lastro em ações estrangeiras).

“O momento de taxas de juros mais baixas tem feito com que muito mais pessoas considerem investir internacionalmente em ativos com mais risco”, explica Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV EAESP. “Na verdade, pode até haver um efeito de redução de risco, quando pensamos em diversificar internacionalmente.”

Além dos Estados Unidos, principal mercado internacional, países emergentes têm ganhado atenção de investidores, sobretudo a China. Diversos players do mercado têm apostado na oferta de fundos com exposição a ativos chineses para aumentar ainda mais a possibilidade de ganhos.

Nesta segunda-feira (19), o Bradesco lançou quatro fundos internacionais. Entre as novas ofertas está o Bradesco China FI Ações IE, que investe em ações de empresas chinesas, como Midea Group, China Duty Free Group e Ping An Bank, negociadas na bolsa de Xangai e Shenzen. A aplicação inicial é de R$ 1 mil.

“A China é um mercado que chama cada vez mais a atenção do investidor. Essa nova opção de investimento chega para tornar ainda mais completo o nosso portfólio”, afirma Roberto Paris, diretor executivo do Bradesco.

O aumento de possibilidades aparece nos números recentes. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a indústria de fundos com exposição internacional cresceu significativamente no primeiro trimestre de 2021. Os fundos de ações aumentaram quase 60% em quantidade e 129,8% em patrimônio entre janeiro e março deste ano, na comparação com igual período de 2020.

“Na expectativa de aceleração da vacinação e de reabertura das economias, as empresas tendem a retomar as atividades. E como o dinheiro está represado, deve haver uma compensação de consumo à medida que tudo voltar à normalidade. Todo esse cenário de crescimento econômico é muito favorável às empresas e, consequentemente, às bolsas”, diz Fabiano Cintra, especialista em fundos da XP Investimentos.

Mas o crescimento também foi verificado nos fundos multimercado e de renda fixa. Conforme a Anbima, essas classes de fundos estão na categoria “de investimento no exterior”, que podem aplicar mais de 40% em ativos internacionais. “Como não temos a carteira aberta dos fundos, não sabemos necessariamente se estes utilizam essa ‘permissão’”, diz a associação em nota.

Para Yoshinaga, o momento é benéfico para o mercado doméstico, pois investidores têm entendido e aproveitado a importância da diversificação internacional, que ajuda a mitigar a preocupação pelo cenário atual do Brasil. Além disso, ela observa uma maior democratização dessa estratégia, uma vez que os investimentos no exterior não eram “triviais” para o investidor comum.

“Antigamente era algo muito limitado a quem tinha muito dinheiro. Hoje em dia temos uma série de outros instrumentos, que viabilizam investidores a correrem esse risco fora, sem ter que tirar o dinheiro do Brasil”, observa Yoshinaga.

Isso acontece porque as pessoas físicas passaram a ter acesso recentemente a BDRs (Brazilian Depositary Receipt), certificados que espelham ações estrangeiras, e ETFs (Exchange Traded Fund), fundos de índices. Segundo a B3, o volume total negociado em BDRs em fevereiro deste ano foi de R$ 5,93 bilhões, ante R$ 1,29 bilhão no mesmo mês do ano passado – variação de quase 360%. Já o volume médio diário negociado, por sua vez, passou de R$ 72 milhões em fevereiro de 2020 para R$ 329 milhões no mesmo mês deste ano – avanço de 356,9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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