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Mundo Lula aguarda gesto do novo presidente da Argentina para definir quem vai à posse; Bolsonaro monta comitiva

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O petista não deve comparecer à posse de Milei, após já ter sido pessoalmente ofendido por ele. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O governo federal está em compasso de espera pelos gestos do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, para a política internacional. O tom a ser adotado pelo libertário vai definir quem representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na posse em Buenos Aires, em 10 de dezembro. O petista não deve comparecer, após ter sido pessoalmente ofendido por Milei. As opções estudadas pelo Planalto são o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira.

Do outro lado da polarização, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi convidado pelo próprio líder argentino para a cerimônia — e já organiza uma comitiva para acompanhá-lo: a esposa Michele, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o filho deputado Eduardo Bolsonaro e no mínimo mais 10 parlamentares.

“É preciso Milei anunciar quem cuidará da chancelaria para iniciarmos o diálogo”, disse um diplomata brasileiro, que aposta na escolha de Diana Mondino. A expectativa desse interlocutor é que Milei vai se amparar em quadros do ex-presidente Mauricio Macri para “colocar a máquina para rodar”, diante do curto período de transição, de apenas 20 dias.

O Itamaraty preferiu não emitir nota oficial sobre a vitória de Milei na Argentina porque o próprio presidente Lula já foi às redes sociais expressar a posição do governo brasileiro.

Apesar de comemorar a vitória de Milei, a oposição ao governo Lula evita abraçar de corpo e alma a agenda do libertário. Parlamentares da direita brasileira defendem a redução do tamanho do Estado apregoada por Milei, mas mostram cautela com a ideia de dolarizar a economia e acabar com o Banco Central.

O presidente Lula afirmou nessa terça-feira (21), em discurso, que não precisa “gostar” dos presidentes dos países da região, mas sim, sentar na mesa com eles em busca de acordos.

Lula deu a declaração dois dias após Milei – que critica o Mercosul e deu declarações ofensivas a Lula nos últimos meses – vencer as eleições presidenciais na Argentina, no domingo (19).

O brasileiro não citou Milei nominalmente, mas disse que não precisa gostar “do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela”. Desses, apenas o argentino é de corrente ideológica oposta à de Lula.

“Nós estamos vivendo algumas confusões na América do Sul. Não é mais mesma de 2002, de 2004, 2006. Nós vamos ter problemas políticos. E, ao invés de reclamar dos problemas políticos, nós temos que ser inteligentes e tentar resolvê-los, tentar conversar. Tentar fazer com que as pessoas aprendam a conviver democraticamente na adversidade”, declarou.

“Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele do Estado dele. Nós temos que nos sentar na mesa, cada um defendendo os seus interesses. Não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia. A gente tem que chegar a um acordo”, disse Lula.

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