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Por Redação O Sul | 31 de maio de 2015
Preocupado com a crise política que atinge o governo de sua sucessora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que só terá condições de ser o candidato do PT nas eleições presidenciais de 2018 se a avaliação da presidenta Dilma Rousseff melhorar e houver um legado a defender para os seus eleitores.
A informação é de amigos que conversaram com Lula antes de seu mais recente encontro com Dilma em Brasília, na semana passada. Segundo eles, o ex-presidente citou a derrota sofrida pelo ex-governador Leonel Brizola (1922-2004) na disputa presidencial de 1994 para ilustrar o termor de perder seu capital político em uma empreitada fracassada. Naquela ocasião, o pedetista terminou em quinto lugar, atrás do “nanico” Enéas Carneiro (Prona).
Conforme um interlocutor, Lula afirmou que não adianta pensar que o povo votará nele, só porque decidiu se candidatar. “Brizola era um deus nas eleições de 1989, mas em 1994 perdeu até para Enéas”, teria alertado Lula, segundo colocado em ambas as vezes. O ex-presidente faz esse tipo de análise para poucas pessoas. Nas demais ocasiões, prefere usar o PT como sujeito.
Avaliação – Lula costuma dizer que, se o governo federal não melhorar até 2018, o partido enfrentará dificuldades. Sua previsão é de que poderá ser necessário um outro nome para concorrer ao Planalto, às vésperas de 2018, caso não haja ao menos uma avaliação de “regular”. Ele já teria, inclusive, apresentado esse diagnóstico a Dilma.