Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2019
Por falta de provas, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu o arquivamento do inquérito sobre as acusações de estupro e agressão feitas pela modelo Najila de Souza contra o jogador Neymar Júnior. Porém, este arquivamento depende de uma decisão judicial da Vara de Violência Doméstica, que deve ser feita em cinco dias.
O pedido de arquivamento veio das promotoras Estefânia Paulin e Flávia Merlini, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid).“A decisão foi por não haverem provas suficientes do que foi alegado pela vítima protegida. É importante deixar claro que o arquivamento do inquérito policial não implica em absolvição do acusado. Isso porque, com o arquivamento por falta de provas, o inquérito policial pode ser reaberto a qualquer momento, desde que surjam novas provas”, disse Flávia.
De acordo com o MP-SP, os exames feitos pelo Instituto Médico Legado (IML) não apontaram nenhum tipo de lesão em Najila, com exceção de um ferimento no dedo. “O MP entendeu que a agressão narrada pela vítima fazia parte de um contexto. Das provas analisadas, não se apurou o que seria um crime [de agressão] a ser apurado à parte. Mesmo porque todos os laudos oficiais feitos pelo IML não constataram nenhuma lesão corporal na vítima”, explicou a promotora.
Flávia Merlini ressaltou ainda que a denúncia da modelo foi enfraquecida em razão de Najila não ter entregue à Justiça o aparelho celular no qual ela dizia ter provas do estupro. “Ela mencionou o tempo todo que as provas que tinha dos fatos que noticiou estavam nessas filmagens do celular dela, só que se negou a entregar o aparelho em um primeiro momento e, posteriormente, disse que tinha desaparecido”.
No último dia 29, a delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, encerrou as investigações sobre as acusações de estupro e agressão feitas pela modelo Najila de Souza contra Neymar Júnior. A polícia decidiu não indiciar o jogador pelos supostos crimes.