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Geral Ministro Costa Filho tem auxiliado o governo a quebrar resistência da direita ao PT

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O ministro de Portos e Aeroportos, ao lado de Lula, foi indicado pelo Centrão para ocupar uma cadeira na Esplanada. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Indicado pelo Centrão para ocupar uma cadeira na Esplanada, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), se transformou num importante ativo para encurtar a distância entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e setores conservadores tanto no Congresso como fora dele. Nos bastidores, Silvio Costa tem auxiliado o Palácio do Planalto a quebrar a resistência que líderes da direita têm em relação ao PT, num ano que será marcado pelas eleições municipais e também por conta das negociações em torno da sucessão na Câmara.

Uma das costuras feitas com a ajuda do ministro foi a que colocou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no mesmo palanque que Lula há alguns dias, em Santos, no litoral paulista. A troca de gentileza dos dois no evento político foi celebrada pela esquerda e irritou líderes bolsonaristas, que viram Tarcísio seduzido pelo presidente da República.

Apesar do desfecho positivo para o governo petista, o encontro de Tarcísio e Lula no palanque parecia improvável alguns dias antes. Isso porque, segundo interlocutores, uma ala do Republicanos fazia oposição à possibilidade de a legenda fechar acordo com o PT por conta da chance de os dois partidos se enfrentarem nas urnas em São Paulo em 2026.

Diante dessa resistência, Silvio Costa Filho entrou no circuito e fez o meio-campo para “desarmar” colegas de partido que estavam contra a aproximação e vinham trabalhando contra o acordo para tirar a obra do papel.

Somente após a conversa, o caminho ficou livre e Tarcísio embarcou para a capital federal para negociar a participação do Estado no financiamento da obra. Ao final da reunião no Palácio do Planalto, o presidente da República e o governador de São Paulo definiram que cada ente ficaria responsável pelo desembolso de 50% dos recursos necessários à obra.

Na mesma semana, Silvio Costa Filho também participou das conversas para ajudar a criar uma ponte entre o presidente Lula e o vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (SP), conhecido por ser o principal dirigente do Republicanos e um dos expoentes da bancada evangélica no Congresso.

No dia 1º de fevereiro, Pereira foi recebido no Palácio, em encontro que não foi divulgado na agenda presidencial e recebeu contornos de operação sigilosa. Um funcionário do governo que esbarrou com o chefe do Republicanos na garagem da sede do Executivo foi orientado, inclusive, a não comentar sobre a presença dele com colegas de trabalho. Foi nessa conversa que Lula convidou o evangélico para acompanhá-lo no avião presidencial tanto para o anúncio de construção do túnel, entre Santos e Guarujá, como para uma visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo (SP).

O ministro de Portos e Aeroportos também foi figura importante para evitar uma rebelião dentro do Republicanos em função da entrada da legenda no governo. Senadores como Damares Alves (Republicanos-DF) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS) chegaram a ameaçar implodir a adesão à base petista, com discurso na tribuna do Parlamento, mas voltaram atrás após conversas com Silvio Costa Filho, que trabalhou para ambos recuarem da intenção. Na época, Marcos Pereira também garantiu que qualquer parlamentar do Republicanos teria liberdade para se colocar como oposição à gestão petista, o que ajudou a conter o movimento contrário.

Todo esse movimento abre caminho para que o PT e o Republicanos estejam juntos também nas eleições municipais em algumas localidades. Pelo menos este é o desejo de Silvio Costa Filho e seu pai, o ex-deputado federal Silvio Costa, conhecido por ter sido um dos integrantes da tropa de choque de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

Considerados a “esquerda do Republicanos”, pai e filho também são responsáveis pela articulação que mantém PT e Republicanos no mesmo palanque em Recife, ou seja, apoiando a reeleição do atual prefeito João Campos (PSB).

Fontes próximas ao presidente nacional do Republicanos acreditam que esse movimento também tenha relação com a sucessão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A leitura é que, ainda que Lula tenha uma proximidade significativa com o deputado Antonio Brito (PSD-BA) – um dos cotados para a disputa – há o entendimento que os nomes mais fortes neste momento para assumir o comando da Casa sejam Elmar Nascimento (União-BA), apoiado por Lira, e justamente Marcos Pereira. As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/ministro-costa-filho-tem-auxiliado-o-governo-a-quebrar-resistencia-da-direita-ao-pt/ Ministro Costa Filho tem auxiliado o governo a quebrar resistência da direita ao PT 2024-02-14
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