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Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2015
A mortalidade materna registrou uma queda expressiva no mundo nos últimos 25 anos, mas apenas nove países alcançaram as metas da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta área, anunciou a OMS (Organização Mundial da Saúde).
“O relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna global terá registrado uma redução de 44% na comparação com o nível de 1990”, disse Lale Say, coordenadora do departamento de saúde genética da OMS.
“É um progresso enorme, mas os progressos são desiguais no mundo porque 99% das mortes acontecem nos países em desenvolvimento”, completou durante uma entrevista coletiva.
Melhorar a saúde das mães era um dos oito ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) aprovados no ano 2000. O quinto era reduzir em 75% a mortalidade materna de 1990 a 2015.
Segundo o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, 303 mil mulheres morreram em 2015 em consequência de complicações durante ou depois da gravidez, durante o parto ou nas semanas posteriores.
Atualmente a taxa de mortalidade materna é de 216 mortes para cada 100 mil nascimentos, contra o índice 385 mortes para cada 100 mil partos em 1990.
Só nove países (Butão, Cabo Verde, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor Leste) conseguiram alcançar a meta da ONU. Outras 39 nações registraram progressos significativos. Os maiores avanços ocorreram no Leste da Ásia, com uma redução de 72% da mortalidade materna de 1990 a 2015.
A África Subsaariana continua sendo a região mais afetada, com 66% dos casos (duas mortes em cada três), segundo a OMS. Apesar do número, a situação na região melhorou e a taxa de mortalidade caiu 45% em 25 anos (de 987 mortes para cada 100 mil nascimentos a 546).
Nos países desenvolvidos, a mortalidade materna caiu 48%.
Apesar dos avanços, a ONU estabeleceu uma nova meta: menos de 70 mortes para cada 100 mil nascimentos até 2030. (AG)