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Geral Mulher que tentou carregar uma criança dentro de uma mala viajando de ônibus vai continuar na prisão

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Mulher está presa preventivamente por subtração de menor. (Foto: Reprodução)

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Nefi Cordeiro rejeitou o pedido de Habeas Corpus da mulher que tentou embarcar na rodoviária do Rio de Janeiro, com destino a Curitiba, com uma criança de 11 anos dentro da mala. Natasha Vitorino, 23 anos, que está presa preventivamente por subtração de menor, teria dito à polícia que queria dar abrigo à criança, moradora de rua.

Depois da rejeição do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ao Habeas Corpus, a defesa de Natasha levou o pedido ao STJ. Para o ministro, a prisão preventiva se fundamentou “na gravidade em concreto do crime”. Ele enfatizou que o ato da mulher colocou em “patente risco a vida do menor”.

O ministro salientou ainda a intenção de levar a criança para outro estado, “no compartimento de bagagens de um ônibus, correndo risco de ofensa a sua integridade física ou vida”.

Relembre o caso.
Natasha foi presa por policiais militares do BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas) quando transportava uma criança dentro de uma mala. Ela alegou que levaria o menino para Curitiba, onde mora, para dar uma vida melhor a ele, que vive nas ruas. Ela foi autuada em flagrante e a criança seguiu para o Conselho Tutelar. “Foi uma ocorrência inusitada. Acredito que os PMs salvaram a vida dessa criança. Imagina se ela fosse colocada no bagageiro de um ônibus”, disse o coronel Mauro Fliess, comandante do BPtur.

Natasha Vitorino, 23 anos, teria dito à polícia que queria dar abrigo à criança. (Foto: Reprodução)

Natasha Vitorino, 23 anos, teria dito à polícia que queria dar abrigo à criança. (Foto: Reprodução)

Segundo ele, os PMs foram chamados por pessoas que viram Natasha na praça de alimentação da rodoviária: a mão do menino podia ser vista por uma fresta na mala. Algumas testemunhas acreditaram até que fosse um cadáver. Os policiais se aproximaram da mulher, que se refugiou no banheiro. Os agentes conseguiram fazer uma abordagem quando Natasha deixava o local.

“Ela demonstrou um grande nervosismo ao ser questionada. Um dos policias viu a mão da criança, viu que estava viva e encaminhou a mulher e a mala para uma área reservada. Lá, retiraram o menino da bagagem”, contou o coronel Mauro Fliess.

“Risco de não chegar vivo.”
Natasha disse aos policiais que conhecera a criança pedindo dinheiro em um sinal de trânsito. Ela declarou ter ficado com pena do garoto e decidiu levá-lo para morar com ela em Curitiba, para que tivesse melhores oportunidades na vida. “A mulher sequer pensou no perigo que esse transporte representava. Existia o risco dele nem chegar vivo”, explicou o policial.

“Eu ia levá-lo para minha casa. Ele estava na rua e me pediu para adotá-lo. A mãe dele é dependente química e ele me contou que apanhava muito, muito triste. Depois, chegou a ser adotado durante um ano, mas a família o abandonou na rua como se ele não fosse nada. Sei que não escolhi a melhor forma, mas não pensei porque eu tinha que voltar para casa e não podia deixá-lo ali”, disse Natasha aos policiais, mostrando livros e roupas que já havia comprado para o garoto.

O crime de subtração de incapaz do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) tem como pena reclusão de dois a seis anos, e pagamento de multa.

O caso lembra a história de um menino de 8 anos encontrado dentro de uma mala por funcionários da fronteira entre o Marrocos e a Espanha. Uma jovem de 19 anos foi acusada do crime. O garoto foi localizado quando a mala passou pelo equipamento de raios X.

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