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Armando Burd O enigma

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Michel Temer

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As próximas semanas mostrarão o verdadeiro Michel Temer. Se adotará a linha de ataque, como fez na primeira reunião ministerial como presidente titular, ou vai preferir a postura de conciliação do pronunciamento em cadeia de rádio e TV ontem à noite. Com as manifestações de que enfrentará “oposição sem precedentes”, manterá a artilharia de prontidão.
Também não poderá mais tentar agradar a todos, como fez durante a interinidade.

VIRADA
A ex-presidente Dilma Rousseff reconciliou-se com o PT no pronunciamento feito logo após o julgamento do impeachment. Referiu-se a temas muito caros ao partido e que tinham saído de sua pauta. A hipótese cogitada nos bastidores, de que seria abandonada por lideranças petistas, não se concretizará.

ESTÁ CLARO
Não leu quem não quis: a Constituição Federal, no parágrafo único do artigo 52, deixa claro que a perda do cargo de presidente da República se consuma com a inabilitação por oito anos para o exercício de função pública.

RADIOGRAFIA
O senador Humberto Costa, do PT, pode perder uma amizade, mas não deixa escapar a oportunidade de analisar com precisão. Ele viu todo o processo de impeachment como vingança ou fruto de uma simples antipatia dos parlamentares em relação à figura da presidente. Resumiu: “O Congresso Nacional nunca engoliu Dilma”.

VELHO ESTILO
O senador Renan Calheiros se escala em todos os times: bate o escanteio, cabeceia e defende. Ontem, repetiu a jogada, votando pelo impeachment e abrindo o voto a favor da permissão para que Dilma Rousseff volte a exercer função pública.

EM BUSCA
O presidente Michel Temer voou ontem para a China. Sonha com as massas de dólares que estão zanzando como nuvens pelos mercados internacionais.

PREVISÕES
O orçamento federal, entregue ontem ao Congresso Nacional, é otimista: diante do crescimento negativo de 3 por cento deste ano, prevê 1,6 por cento positivo em 2017. Quanto à inflação, estima queda para 4,8 por cento.

ATÉ HOJE
Álvaro Pais, consultor da coroa portuguesa, aconselhou a Dom João I em 1385:
“Senhor, fazei por esta guisa: dai aquilo que vosso não é, prometei o que não tendes, e perdoeis a quem vos não errou, e ser-vos-á de grande ajuda para tal negócio em que sois posto”.
A orientação atravessou o Atlântico e fincou pé no Brasil.

RÁPIDAS
* Denominam-se “defensores da democracia” e atacaram a sede do PMDB municipal. O que fariam se fossem antidemocratas?
* O filme se repetirá: se Eduardo Cunha for cassado, não se tornará inelegível.
* A 30 de dezembro de 1992, por 76 votos a 8, Collor foi condenado à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos.
* Michel Temer, ontem, não foi tão rigoroso como Itamar Franco que, no discurso de posse, anunciou: “Vou reestruturar o País moralmente.”
* A maioria dos brasileiros sonha em sair não só da crise política, mas, principalmente, da econômica.
* Com alguns meses de atraso, o governo do Estado decreta situação de emergência no sistema prisional. Demorou para perceber.
* Certas campanhas eleitorais são como uma garrafa de champanhe que não estoura.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Do meu inexistente diário de viagem
Dilma ganha pena fatiada
https://www.osul.com.br/o-enigma/ O enigma 2016-09-01
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