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Tecnologia Para executiva do Google, a inteligência artificial foi “superestimada” e é menos assustadora do que parece

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"Eu acho que a melhor maneira de lidar com a IA é simplesmente experimentá-la e interagir com ela", diz Kristina Behr. (Foto: Reprodução)

Depois de incluir a inteligência artificial no buscador, no e-mail, na ferramenta de videochamadas e no aplicativo que cria tabelas, entre outros, o Google lançou nesta semana um novo serviço que já nasce com a IA generativa: o Vids, aplicativo que gera e edita vídeos a partir de comandos de texto.

A ideia é que o serviço seja usado não para criar filmes ultrarrealistas ao estilo Hollywood, mas para ajudar na geração de conteúdo em vídeo por pessoas sem experiência na área, explica Kristina Behr, vice-presidente do Google Workspace, área responsável pelo Vids e por serviços como Gmail, Agenda e Meet, entre outros.

Em entrevista ao jornal O Globo e ao colombiano El Tiempo durante o Google Cloud Next ’24, a executiva fala sobre o novo produto da gigante de tecnologia e avalia também os efeitos da expansão acelerada da IA no trabalho. Para Behr, os temores sobre a tecnologia são fruto de uma expectativa exagerada criada sobre a IA (um “overhype”, em suas palavras). A melhor maneira de os profissionais perderem o medo, defende a ela, é experimentar as IAs: vão ver que “não é tão assustadora assim”.

1) Como tem sido a integração da inteligência artificial no Workspace?

Desde que anunciamos (a integração do Gemini ao Workspace), já lançamos 200 funcionalidades em diferentes produtos. A IA já ajuda as pessoas a escreverem rascunhos de e-mails, gerarem imagens e slides, gerenciarem projetos e criarem tabelas e planilhas. De certa forma, cobriu todo o espectro (de nossos aplicativos).

2) O que diria para profissionais que estão preocupados com a expansão da IA no trabalho ou tentando entender como usá-la?

Olha, eu acho que, de certa forma, a IA foi superestimada e, por isso, parece mais assustadora do que realmente é. A maneira como eu estou usando (a IA) é de forma a tirar um pouco da parte repetitiva do meu próprio trabalho, para refinar um documento ou limpar meus e-mails, por exemplo. Eu acho que a melhor maneira de lidar com a IA é simplesmente experimentá-la e interagir com ela. Assim que você começa a usar o Gemini para o Workspace e o coloca como parte do dia a dia, você percebe que vai economizar um monte de tempo e que, na verdade, não é tão assustador assim.

3) Não há risco dessa disponibilização ampla da IA no trabalho gerar mais desigualdades entre profissionais qualificados e não qualificados?

Eu espero que ajude com mais inclusão e acessibilidade. Quando você pensa no vídeo como meio de comunicação, ele não exige leitura, por exemplo. E à medida que a IA avança, você pode imaginar um mundo onde teremos a tradução de idiomas incorporada na oferta principal do produto (o Google vai oferecer traduções simultâneas no Meets com IA). Espero que isso permita que mais pessoas participem tanto da criação de conteúdo como também do consumo.

4) Por que decidiram criar uma ferramenta de IA para vídeo?

A nossa visão é a de que o mundo está se movendo em direção à comunicação baseada em vídeo. Você vê isso nos consumidores e é algo que certamente irá afetar a maneira como as pessoas trabalham. O que estamos pensando é como tornar mais fácil para pessoas sem experiência em edição ou produção de vídeo contar uma história neste meio.

5) Algumas empresas, inclusive de mídia, estão restringindo o uso de conteúdo autoral para treinar IAs. Há um debate amplo sobre direitos autorais. Como vocês têm lidado com isso?

No caso do Workspace, já que estamos focados em ambientes de trabalho, os conjuntos de dados que usamos são fornecidos por nossos clientes. Também temos conjuntos de dados criados por nós mesmos. Então não somos tão impactados por isso. Tudo o que estamos fazendo é com dado publicamente disponível ou que temos permissão explícita (para usar).

6) Quais habilidades humanas você acredita que nunca serão substituídas pela IA?

A conexões humanas autênticas e reais. O que eu espero é que possamos usar a IA para tirar o trabalho repetitivo e para que possamos passar mais tempo em conversas reais. Um exemplo disso é o recurso “tome notas para mim” no Google Meet. Ao invés de eu precisar ficar fazendo anotações durante uma reunião, como podemos usar IA para tomar notas enquanto me concentro na conversa? A IA será um complemento nisso e vai tonar as coisas um pouco mais fáceis para que as pessoas realizarem um ótimo trabalho.

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