Brasil PSDB assume governo de um terço da população do País; PT comandará 15%

O tucano Eduardo Leite, durante ato de campanha no Rio Grande do Sul. (Foto: Reprodução/Facebook)

Com a posse nesta terça-feira (1º) dos governadores João Doria (SP), Eduardo Leite (RS) e Reinaldo Azambuja (MS), o PSDB governará 29% da população brasileira. Embora tenha saído enfraquecido nas eleições deste ano, com menos governadores eleitos do que em 2014, o partido conquistou estados importantes, como São Paulo, o mais populoso do País, com 45,5 milhões de pessoas. Somando as populações de Rio Grande do Sul (11,3 milhões) e Mato Grosso do Sul (2,7 milhões), 59,6 milhões de brasileiros estarão em Estados governados pelos tucanos.

O PT aparece na sequência. O partido é o que elegeu mais governadores, quatro no total, mas em Estados menos populosos. Tomam posse nesta terça Rui Costa, na Bahia (14,8 milhões de pessoas), Camilo Santana, no Ceará (9 milhões), Wellington Dias, no Piauí (3 milhões), e Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte (3,5 milhões). Isso significa 15% dos brasileiros sob o comando petista.

A partir desta terça-feira (1º), 10% da população brasileira estarão em num Estado governado por um partido recém-criado. São, a partir de agora, 21 milhões de pessoas sob o governo Romeu Zema, do partido Novo, em Minas Gerais.

Mesma fatia tem o PSC. Wilson Witzel assume o governo do Rio de Janeiro (17,2 milhões de pessoas) e Wilson Lima, do Amazonas (4,1 milhões de brasileiros).

Outro partido com uma população expressiva sob seu comando é o PSB, com 17,5 milhões de pessoas — a maior parte de Pernambuco (9,5 milhões, com Paulo Câmara, reeleito), além de Paraíba (João Azevêdo) e Espírito Santo (Renato Casagrande) –4 milhões em cada estado.

Com os governos de Santa Catarina (Comandante Moisés), Roraima (Antonio Denarium) e Rondônia (Coronel Marcos Rocha), o até então nanico PSL, do novo presidente, Jair Bolsonaro, governará 9,4 milhões de brasileiros a partir de janeiro.

Recuperação fiscal

Os novos governos eleitos de Minas Gerais e Rio Grande do Sul já demonstraram interesse em ingressar no regime de recuperação fiscal, afirmou o secretário-adjunto do Tesouro, Otavio Ladeira. Ele disse que no caso do RS a exclusão da privatização do Banrisul poderá demandar que o Estado siga mais tempo no programa.

Em entrevista a jornalistas, Ladeira afirmou que as negociações com o Rio Grande do Sul estão num estágio mais avançando, mas que vários temas ainda devem ser endereçados.

“A questão [da privatização] do Banrisul era apenas uma delas, havia outros itens que precisávamos discutir. Em particular, um ponto importante da reclassificação, da republicação das estatísticas e das despesas com pessoal para demonstrar que sim, eles estão aptos a entrar no regime. Esse ainda é um ponto em aberto”, disse.

Em relação ao RS, Ladeira também afirmou que segue em curso uma discussão sobre quanto tempo o Estado deve ficar dentro do regime, se três ou seis anos. O governador eleito Eduardo Leite (PSDB-RS) já descartou publicamente que o Banrisul será privatizado.

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