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Política Alexandre de Moraes revoga prisão preventiva e determina a soltura do ex-ministro Gilson Machado

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Gilson Machado havia sido detido sob suspeita de tentar obter um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nessa sexta-feira (13) a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado Guimarães Neto, que havia sido detido em Recife (PE) pela manhã, sob suspeita de tentar obter um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Na decisão, Moraes afirma que a prisão não se faz mais necessária, uma vez que a medida já produziu os efeitos esperados e pode ser substituída por medidas cautelares. Segundo ele, há indícios suficientes de que Gilson Machado buscou ajudar Cid a fugir da aplicação da lei penal, o que poderia configurar o crime de obstrução de investigação envolvendo organização criminosa.

O ministro destacou, no entanto, que as diligências já realizadas pela Polícia Federal — incluindo a apreensão de celulares e o depoimento do ex-ministro, que negou os fatos — tornaram a prisão desnecessária.

“A necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade indica a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares previstas no art. 319, pois observados os critérios constantes do art. 282, ambos do Código de Processo Penal”, escreveu Moraes.

Medidas cautelares

A liberdade provisória foi concedida mediante o cumprimento das seguintes condições:

– Comparecimento quinzenal à Justiça na comarca de origem, às segundas-feiras;

– Proibição de sair da comarca;

– Cancelamento do passaporte e proibição de obter novo documento;

– Proibição de sair do país;

– Proibição de contato com demais investigados na PET 12.100/DF, inclusive por meio de terceiros;

Moraes determinou que o descumprimento de qualquer dessas medidas poderá levar à decretação de nova prisão, nos termos do Código de Processo Penal.

A decisão foi enviada à direção do presídio COTEL (Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna), em Abreu e Lima (PE), onde Gilson Machado estava preso desde a manhã dessa sexta.

Suspeita de ajuda a Cid

Segundo a Polícia Federal, Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife para tentar obter um passaporte português em nome de Mauro Cid, em maio de 2025. A PF também apontou que, em janeiro de 2023, Cid procurou serviços para obtenção de cidadania portuguesa.

Além disso, a decisão cita que Gilson promoveu uma campanha de arrecadação de recursos em favor de Bolsonaro nas redes sociais, em maio de 2025.

As investigações seguem em andamento, e a PF terá até dez dias para juntar os laudos das perícias sobre os materiais apreendidos.

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