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Política Bolsonaro critica o jurista Miguel Reale Júnior por ter pedido seu impeachment, chamando-o de “marionete da esquerda”

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Documento é assinado por 17 juristas e um médico, entre eles, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro atacou o jurista Miguel Reale Júnior na última quinta-feira durante transmissão em suas redes sociais. Ao comentar o pedido de impeachment protocolado pelo advogado na quarta-feira, Bolsonaro fez ofensas em relação à idade e aparência de Reale e afirmou que o jurista é um “marionete da esquerda”.

Reale foi um dos responsáveis pelo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2015. Na última semana, apresentou um documento para o pedido de impeachment de Bolsonaro, assinado por outros juristas. O documento faz acusações de crimes de responsabilidade com base nos resultados da CPI da Covid.

“Tudo balela, tudo palhaçada (sobre os pedidos de impeachment). Não tem impeachment sem povo na rua. Cadê a denúncia de corrupção? Tá lá o Miguel Reale Júnior. Todo… está embalsamado já. Parece o Tutancâmon”, disse Bolsonaro, em referência ao faraó egípcio.

No pedido de impeachment, Reale e outros advogados apontam que Bolsonaro, na condição de presidente, “deu causa à proliferação dos males que levaram milhares de brasileiros à morte e a perigo de morte em vista de terem contraído o vírus da covid-19”.

Além disso, também são atribuídos ao presidente crimes de responsabilidade, assim como atos contrários à precaução da pandemia e a pregação em favor do uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento da covid-19.

Durante a transmissão, Bolsonaro fez pouco caso das acusações imputadas a ele por Reale, como de “cúmplice do vírus” e de charlatanismo.

“Cara, nada contra a sua idade que eu vou chegar lá também. Mas temrina sua vida com dignidade. Deixa de fazer o papel de marionete da esquerda”, disse Bolsonaro.

Miguel Reale Junior foi ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso em 2002 e, antes disso, secretário de segurança pública de São Paulo no governo Franco Montoro.

“O presidente que cá está não merece conduzir o País porque ele descumpriu o principal dever de um presidente que é enfrentar o perigo para salvar vidas. Ao contrário, ele incentivou o perigo, se fez sócio do vírus”, disse Reale Júnior.

Bolsonaro já foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment, mas até agora nenhum deles foi analisado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

Na avaliação do jurista, a nova ação é “consequência obrigatória” da análise dos documentos da CPI. Reale Júnior destacou o “conjunto da obra” do presidente durante a pandemia. Ao lembrar que Bolsonaro defendeu a tese da imunidade de rebanho, segundo a qual seria necessário que até 70% da população fosse contaminada pelo coronavírus, o ex-ministro disse que o mandatário conspirou contra as vacinas.

“E isso ele fez repetidamente promovendo aglomerações, com risco de contaminação. Esta Casa (Câmara dos Deputados) aprovou uma lei regulamentando o uso de máscaras e o presidente vetou”, argumentou Reale Júnior. “Ele entrou em confronto com governadores e prefeitos e mentirosamente disse que o Supremo Tribunal Federal tinha lhe retirado a capacidade e a competência para tomar medidas”, acrescentou.

O jurista também citou a defesa que o presidente fez do uso da cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz para tratar a covid-19, e o chamado gabinete paralelo, grupo que teria aconselhado ações a serem tomadas pelo governo no combate à pandemia. “Era um ministério sombra, com pseudoespecialistas”, disse Reale Júnior. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

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