BrasilBolsonaro disse pelo Twitter que o risco-país caiu ao menor nível desde 2013
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Redação O Sul
| 14 de setembro de 2019
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Bolsonaro fez o aviso pelo Twitter. (Foto: Reprodução/Twitter)
O presidente Jair Bolsonaro comemorou a queda do risco-país para o menor nível desde 2013 em seu perfil no Twitter.
Na sexta-feira (13) o contrato de CDS (Credit Default Swap) de cinco anos do Brasil, que serve de termômetro para o risco-país, operou no nível de 118 pontos, menor patamar desde maio de 2013, conforme cotações da IHS Markit. O CDS é um contrato financeiro que funciona como uma espécie de seguro contra o calote ao investidor.
“Risco-país cai para o menor nível desde 2013. Boas notícias não param de chegar. Aos poucos, com a ajuda de todos, podemos recuperar mais rapidamente nosso amado Brasil!”, escreveu Bolsonaro, que continua internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia realizada no domingo (8), para correção de uma hérnia incisional.
Mais cedo, ele comemorou o fato de o Egito ter aberto o mercado de lácteos para o Brasil.
O presidente continua apresentando melhora progressiva, conforme boletim médico divulgado hoje pela manhã. Ele mantém dieta líquida. Entre hoje e amanhã, é esperada, conforme o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, mudança para alimentação cremosa.
Bolsonaro depende da melhora nos movimentos intestinais e do avanço nas dietas para receber alta. Trata-se da quarta cirurgia que o presidente da República faz desde que sofreu um atentado durante a campanha eleitoral, no ano passado.
PIB
O comércio e os serviços tiveram crescimento acima do previsto pelo mercado no começo deste segundo semestre, o risco-país voltou ao nível de quando o Brasil tinha grau de investimento, e as previsões indicam nova safra recorde de grãos. Estes dados recentes dão um respiro à atividade econômica e, avaliam especialistas, seguram as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) mais próximas do 1%, repetindo o crescimento registrado nos dois anos anteriores.
“As condições domésticas estão melhorando gradualmente, ainda que não permitam um avanço mais significativo no PIB. A continuidade das reformas aos poucos trará maior crescimento. O que se demanda agora é paciência”, avalia Sérgio Vale, economista-chefe do MB Associados.
Na sexta, o Banco Central divulgou o IBC-Br de julho, uma espécie de prévia do PIB. Ele se retraiu 0,16% em comparação a junho, mas, em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,3%. Uma expansão que já havia ocorrido no primeiro trimestre (0,5%) e no segundo (0,9%). Para Thiago Xavier, economista da Tendências Consultoria, essa sequência de resultados positivos na comparação anual indica que a atividade vem mantendo ritmo de crescimento:
“Ainda que baixo, é bom. Mas há dois riscos. O primeiro é o cenário externo. A atividade econômica global está desacelerando e isso afeta o comércio mundial. A Argentina, um dos nossos principais parceiros comerciais, está em crise. Depois, há o risco político, cujos impactos são difíceis de se mensurar. A reforma da Previdência está encaminhada, mas há incertezas com relação à tributária.”
Consumo tende a melhorar
Em julho, dado mais recente divulgado pelo IBGE, as vendas no comércio cresceram 1% em relação ao mês anterior e o volume de serviços se expandiu 0,8% — melhor resultado do ano para ambos os setores.
“São resultados importantes, porque os serviços, que englobam o comércio, representam 70% do PIB e estão vindo bem. Além disso, o consumo das famílias tende a melhorar, com a liberação de saques de contas do FGTS e o desemprego começando a ceder. Ainda que muito pela informalidade, na qual as pessoas ganham menos, são mais pessoas recebendo algo”, observa a economista Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro do Ibre/FGV.
Depois desses dois resultados, explica Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco, o banco revisou a sua previsão para o PIB deste terceiro trimestre de uma queda de 0,2% para alta de 0,2%. Com isso, eliminou o viés de baixa sobre os 0,8% projetados para o resultado fechado do ano.
Com a atividade fraca, é consenso no mercado que a taxa básica de juros Selic deve sofrer um novo corte, de 0,5 ponto percentual, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, que acontece na semana que vem. Cairá, assim, para 5,5% no ano, seguindo no patamar mínimo histórico. Boa parte do mercado aposta, ainda, em um novo corte até o fim do ano, com a taxa encerrando 2019 em 5% ao ano.
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