“São resultados importantes, porque os serviços, que englobam o comércio, representam 70% do PIB e estão vindo bem. Além disso, o consumo das famílias tende a melhorar, com a liberação de saques de contas do FGTS e o desemprego começando a ceder. Ainda que muito pela informalidade, na qual as pessoas ganham menos, são mais pessoas recebendo algo”, observa a economista Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro do Ibre/FGV.

Depois desses dois resultados, explica Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco, o banco revisou a sua previsão para o PIB deste terceiro trimestre de uma queda de 0,2% para alta de 0,2%. Com isso, eliminou o viés de baixa sobre os 0,8% projetados para o resultado fechado do ano.

Com a atividade fraca, é consenso no mercado que a taxa básica de juros Selic deve sofrer um novo corte, de 0,5 ponto percentual, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, que acontece na semana que vem. Cairá, assim, para 5,5% no ano, seguindo no patamar mínimo histórico. Boa parte do mercado aposta, ainda, em um novo corte até o fim do ano, com a taxa encerrando 2019 em 5% ao ano.