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Geral Conheça o “vale-carne”, programa defendido por pecuaristas em proposta enviada ao governo federal

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Proposta estabeleceria a distribuição de um cartão para compra de carne em redes conveniadas para famílias de baixa renda, cadastradas no Bolsa Família. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Um grupo de produtores rurais submeteu ao governo uma proposta para criação do programa “Carne no Prato”, estabelecendo a distribuição de um cartão para compra de carne em redes conveniadas para famílias de baixa renda, cadastradas no Bolsa Família. Mesmo sem chances de avançar, a ideia preocupou a equipe econômica.

A proposta foi apresentada em setembro de 2023 ao ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, pelos pecuaristas ligados à Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). A ideia é destinar R$ 35 por família para a compra de dois quilos de carne bovina ao mês.

O benefício poderia alcançar cerca de 19,5 milhões de pessoas, segundo nota explicativa da Acrissul enviada ao jornal Valor Econômico. O comunicado não informa, entretanto, qual seria o impacto fiscal do programa.

O ministro Paulo Teixeira ressalvou que a proposta “ainda está em fase inicial para começar a tramitar”. Em nota à imprensa, o ministério esclareceu que o governo “recebe, diariamente, inúmeras sugestões de diversos setores da sociedade civil de aperfeiçoamento e criação de novas políticas públicas”.

Segundo o jornal Valor Econômico, a proposta da Acrissul não saiu do MDA: não chegou ao conhecimento da Casa Civil, do Ministério da Fazenda, ou do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que coordena o Bolsa Família. Uma fonte da equipe econômica afirmou que a ideia dificilmente vai prosperar dentro do governo. “É algo que não faz o menor sentido”, avaliou a fonte.

A Acrissul atribuiu a sugestão do “vale-carne” à queda do consumo de carne bovina no Brasil, que em 2023 atingiu o menor nível em 20 anos. Segundo a associação, o programa geraria uma demanda por 2,4 milhões de cabeças de gado por ano, equivalente a 8% dos animais abatidos por ano no Brasil, e envolveria 475 mil toneladas de carne bovina por ano – duas vezes e meia a quantidade exportada por Mato Grosso do Sul no ano passado, de 174 mil toneladas.

“No ano passado, Mato Grosso do Sul abateu 3,5 milhões de cabeças de gado e o programa demandaria 2,3 milhões de cabeças por ano”, comparou Guilherme Bumlai, presidente da associação, em nota enviada à imprensa. Guilherme é filho do pecuarista José Carlos Bumlai, que foi condenado no âmbito da Operação Lava-Jato. Próximo de Lula, Bumlai chegou a ser preso em 2016 por ordem do então juiz da operação e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR). As informações são do jornal Valor Econômico.

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