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Tecnologia Corrida espacial: Após explosão do foguete de Elon Musk, sonda japonesa que “sumiu” pode ser o segundo fracasso empresarial em uma semana

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A companhia japonesa ispace perdeu o contato com a espaçonave Hakuto-R. (Foto: Divulgação)

Prestes a se tornar a primeira empresa espacial comercial a pôr um módulo de pouso intacto na Lua, os planos da japonesa ispace Inc., com sede em Tóquio, foram frustrados nesta terça-feira (25) com a informação de que a companhia perdeu o contato com a espaçonave Hakuto-R, em um indício de que a sonda lunar possa ter sido destruída pelo impacto na descida até a superfície. O fato ocorre poucos dias após o maior foguete já projetado, o Starship, da empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, ter explodido no ar, apenas quatro minutos após a decolagem.

“Temos que assumir que não conseguimos completar o pouso na superfície lunar” disse o CEO da ispace, Takeshi Hakamada, em uma transmissão ao vivo. “Nossos engenheiros continuarão investigando a situação e, em seguida, atualizaremos com mais informações assim que terminarmos a investigação.”

A ispace ainda tenta confirmar o que aconteceu com a sonda, que levaria o Japão a se tornar o quarto país do mundo a pousar um artefato em solo lunar, depois dos Estados Unidos, da China e da Rússia (ainda no período soviético). Há uma grande chance de a sonda não ter aterrissado como planejado, disse Hakamada, acrescentando que havia “dados até uma fase muito próxima do pouso”, mas que a “informação ainda é limitada”.

O módulo de pouso, a Hakuto-R, foi lançado em dezembro passado, a bordo de um dos foguetes SpaceX Falcon 9, de Musk. Ele entrou na órbita lunar em março, carregando dois rovers e outras cargas úteis. Desde então, o módulo estava na órbita da Lua esperando o momento melhor para tentar o pouso, com a espaçonave já estabilizada. A ispace estava preocupada com capacidade de a missão sustentar energia, mas, antes do procedimento, informou que as perspectivas eram boas.

Já no caso da Starship, que decolou na última quinta-feira, o projeto de Musk foi apenas parcialmente bem-sucedido, uma vez que a nave conseguiu levantar voo, mas explodiu poucos minutos depois. O incidente, segundo a empresa, foi causado pela explosão – em linguagem técnica, “rápida desmontagem não programada” – do propulsor (um grande tanque cilíndrico que contém o combustível necessário para a Starship se libertar da gravidade da Terra) do foguete.

Nos últimos cinco anos, houve movimento intenso de investigação na órbita lunar, com os chineses pousando a sonda Chang’e 3 na Lua após 37 anos da última aterrissagem soviética. A China ainda aterrissou com mais duas sondas da série Chang’e no satélite, em 2018 e 2020. Dois outros países (Israel e Índia) também enviaram módulos de aterrissagem à Lua, mas falharam ao tentar pousar em 2019.

Era da exploração espacial

As falhas podem levantar dúvidas sobre o sucesso de novas missões rumo ao satélite terrestre em um futuro próximo, mas também representam a evolução da tecnologia e dos investimentos do setor privado na corrida espacial. Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo com números da Nasa, China e URSS, foram 26 tentativas de aterrissagem na Lua que falharam e 15 que deram certo, sem contar as missões tripuladas da agência espacial americana. Os dados abrangem o período 1963 (primeira sonda da URSS em solo lunar) até a missão japonesa desta terça-feira – sendo que, entre 1976 e 2013 não houve nenhum artefato humano pousando na Lua.

Para o CEO da MundoGEO, companhia que atua no setor de negócios espaciais no Brasil, Emerson Granemann, falhar “faz parte da exploração espacial” e que incidentes como os sofridos pela SpaceX e a ispace não depreciam as tentativas das empresas.

“Todas as conquistas espaciais, no passado, tiveram muitas falhas. Mas apenas as vitórias eram divulgadas, os fracassos não”, acrescenta Granemann. “Os testes espaciais eram feitos pelos governos e eram poucos. Hoje, tudo é mais transparente e existem dezenas de lançamentos de foguetes para o espaço, levando diversos materiais, que são bem-sucedidos. Existem sondas e satélites lançados que também não funcionam.”

Segundo Granemann, a alta incidência de empresas privadas investindo nesse setor se dá ao fato de haver um grande retorno financeiro. Ele cita as necessidades de se instalar no espaço satélites de comunicação, meteorológicos e de observação da Terra, além do abastecimento de estações espaciais.

A possibilidade de, um dia, colonizar a Lua e de ir até Marte – pontos centrais do plano de Musk com sua SpaceX – poderá abrir ainda mais o leque de oportunidades, segundo o empresário.

“Esses satélites, por exemplo, prestam serviços para quem está aqui na Terra, como os de telecomunicação, e esses serviços têm um custo. É muita movimentação financeira e que tem despertado interesse nas empresas privadas, tanto para transportar coisas para o espaço, quanto de fazer a gestão de serviços.” As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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