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Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
O Ministério da Justiça está negociando a reposição de 133 milhões de reais no orçamento da PF (Polícia Federal). Delegados denunciaram que o corte desse valor pode prejudicar operações importantes, como a Lava-Jato. As reclamações da Associação Nacional de Delegados da PF contra as contenções no orçamento começaram na semana passada com a divulgação de uma carta ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso.
A associação disse que o corte vai provocar uma “drástica diminuição das ações investigativas da Polícia Federal neste ano”. A entidade denunciou que há “uma nítida e grave situação de desmonte da Polícia Federal”. E cobrou do ministro menos discursos e mais ações efetivas em defesa da PF para impedir o sucateamento da instituição.
“Nos últimos anos, se fizéssemos um exercício de priorização nas nossas operações, deixamos de realizar diversas operações para priorizar algumas como Lava-Jato, Zelotes e Acrônimo. Com esse corte dessa magnitude, até mesmo essas operações podem ser afetadas pela falta de recursos orçamentários”, disse Carlos Eduardo Sobral, da entidade que representa a categoria.
Em nota, o Ministério da Justiça considerou essas queixas como equívocos injustos e absurdos e disse que o orçamento da instituição aumentou em mais de 43% de 2003 para cá. Mas na segunda-feira, a pasta informou que já está negociando com o Ministério do Planejamento a reposição do corte de 133 milhões de reais. E para isso já pediu créditos suplementares. (AG)