Segunda-feira, 19 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2023
Jogador brasileiro de 39 anos está preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro por suposta agressão sexual
Foto: ReproduçãoA juíza responsável pelo caso jogador Daniel Alves, na Espanha, afirmou que “há indícios muito mais do que suficientes” para considerar que houve um estupro na madrugada de 31 de dezembro dentro do banheiro da área VIP da boate Sutton, em Barcelona. A afirmação consta em um despacho assinado pela magistrada do Tribunal de Instrução nº 15, da cidade espanhola, Anna Marín. Alves está preso desde 20 de janeiro por suspeita de agressão sexual que teria sido cometida dentro da casa noturna.
No documento, que explica as razões pelas quais a prisão preventiva do jogador foi pedida, a juíza também anota que Daniel Alves é o suspeito crime. No entanto, Anna Marín sublinha que a investigação ainda está em andamento e que novos fatos podem surgir. As informações são do jornal espanhol “El Periódico”.
A defesa do brasileiro entrou com um recurso nesta segunda-feira pedindo o relaxamento da prisão. Cabe ao Tribunal de Barcelona avaliar se a prisão preventiva é ou não pertinente, com base nas provas coletadas até o momento, que foram consideradas mais do que suficientes para a juíza Anna Marín.
O advogado Cristóbal Martell, representante de Daniel Alves no caso, classificou a investigação da Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS) da polícia de Barcelona de “tendenciosa” e “descuidada”. E criticou o fato de a magistrada ter aceitado a denúncia “sem crítica”.
Dois minutos
A defesa de Daniel Alves colocou em dúvida o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o brasileiro de estupro dentro do banheiro da boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado. Nas 24 páginas do documento apresentado à Justiça espanhola consta a alegação de que a vítima entrou no toalete dois minutos após o atleta, o que contrariaria o relato feito pela mulher.
De acordo com o jornal “La Vanguardia”, que teve acesso ao recurso, o advogado Cristóbal Martell sustenta que as imagens das câmeras de segurança e o relato da vítima não coincidem. A defesa do jogador insiste que há o intervalo de dois minutos entre o momento em que Alves entra pela porta do banheiro e a chegada da jovem “depois de falar com suas duas amigas e um garçom”.
A mulher, segundo o relato do advogado do brasileiro, então vai até a porta do banheiro e “entra sem que Alves abra a porta”. De acordo com Martell, “as imagens falam por si” e demonstram “fraquezas nas provas da acusação”. De acordo com o jornal “El Periódico”, Martell também sustenta que a vítima pode ter usado a “mesma distorção narrativa” para descrever o que aconteceu dentro do banheiro por 16 minutos, intervalo de tempo que ocorre longe das câmeras.
Para evitar divórcio
Daniel Alves conversou apenas uma vez com a sua mulher, a modelo espanhola Joana Sanz, desde que foi preso por suposta agressão sexual, no dia 20 de janeiro, em Barcelona. Em um breve telefonema, o jogador brasileiro disse que gostaria de manter o matrimônio e tentou convencer a companheira a não entrar com o pedido de divórcio.
De acordo com a reportagem, Daniel Alves ficou sabendo da intenção de Joana Sanz de se separar por meio de seus advogados. A modelo de 29 anos gostaria de ir à prisão comunicar o atleta pessoalmente da decisão, mas o brasileiro declinou do encontrou porque não gostaria que a mulher fosse ao local.
Joana não estaria focada, no entanto, em tomar decisões sobre o seu futuro após o vendaval que tomou conto de sua vida, com a morte da mãe e prisão do marido. Ela teria sido aconselhada por pessoas próximas a não fazer mais declarações públicas em suas redes sociais sobre o assunto.
Na terça-feira, dia 31 de janeiro, Joana Sanz usou a sua conta oficial no Instagram para negar as informações de que teria entrado com um pedido de divórcio de Daniel Alves. “Está claro que se não há notícia, inventam”, escreveu ela ao lado de uma foto com a reportagem sobre sua suposta separação.
A modelo gravou um vídeo em agradecimento ao apoio durante a “tempestade em sua vida”, na última semana. Além da prisão do marido, Joana Sanz está de luto pela morte da mãe, que morreu há cerca de um mês. Ela se manifestou poucas vezes desde que o jogador brasileiro foi preso.
Antes do depoimento de Daniel Alves à polícia, ela compartilhou uma foto de mãos dadas com o atleta com a legenda “Juntos”. Horas depois, ela pediu empatia e privacidade aos jornalistas que foram até a sua casa em busca de declarações sobre o episódio. “Perdi os dois pilares da minha vida”, escreveu nas redes. Desde então ela se mantém calada.