Por Redação O Sul | 3 de maio de 2025
O deputado federal Delegado Caveira (PL-PA) entrou armado com um fuzil e uma pistola em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Ele tirou fotos ao lado do vereador Zezinho Lima (PL), de Belém, que também estava com um armamento. As imagens circularam nas redes sociais e foram publicadas, nessa sexta-feira (2), pela coluna Radar, da revista Veja.
Na foto divulgada, Zezinho segura um fuzil, enquanto Caveira empunha uma pistola. Ainda segundo a publicação, o vereador confirmou à Veja que as armas eram reais e pertencem ao deputado. “São de propriedade do deputado federal Delegado Caveira”, afirmou. Ainda conforme a publicação, o sistema de detecção de metais da Câmara não foi acionado para impedir a entrada das armas, o que contraria os rígidos protocolos de segurança da Casa.
Em sua conta nas redes sociais, Zezinho Lima celebrou o momento. “Somos armamentistas. Defendemos o porte de arma para o cidadão de bem. Ele, no Congresso Nacional, e eu, na Câmara Municipal de Belém”, escreveu. A exibição de armamento dentro do Congresso não tem precedentes públicos registrados com esse grau de ostentação.
Apesar de policiais civis terem, por lei, o direito ao porte de arma fora do serviço, normas de segurança da Câmara restringem a ostentação de armamento em locais com circulação intensa de pessoas. A assessoria da Câmara ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio, que gerou críticas nas redes sociais e entre parlamentares da oposição.
Saiba mais
Delegado Caveira, nome político de Getúlio Barbosa, é ex-cabo do Exército, ex-policial militar em Goiás e atualmente delegado da Polícia Civil no Pará, aprovado em concurso realizado em 2011. Ele iniciou sua trajetória política em São Félix do Xingu, sudeste do Pará, passando pela vereança e pela Assembleia Legislativa do estado antes de chegar à Câmara dos Deputados. É integrante da chamada “Bancada da Bala” e ganhou notoriedade nas redes por defender propostas polêmicas e inconstitucionais, como a pena de morte.
Até o momento, ainda conforme a publicação, não há informações sobre eventuais medidas disciplinares ou investigações internas sobre a conduta do deputado. A entrada de armamento pesado no Congresso pode configurar infração às normas internas da Casa e colocar em risco a segurança institucional do Parlamento.
