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Saúde Entenda o que já se sabe sobre a combinação de doses de diferentes vacinas contra o coronavírus

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Obrigatoriedade de vacinação para muitos setores cria novo mercado paralelo na Rússia. (Foto: Reprodução)

As vacinas contra a covid-19 mais amplamente usadas são projetadas para funcionar em duas doses, e quase todas as pessoas no mundo que já foram completamente vacinadas receberam o mesmo imunizante nas duas vezes. Mas isso está mudando.

Mais países estão permitindo — e até mesmo, em alguns casos, encorajando — a vacinação mista, com pessoas recebendo uma primeira dose de uma vacina e, em seguida, a segunda dose de outra diferente.

Na última terça-feira (22), o governo alemão revelou que a chanceler Angela Merkel havia recebido duas doses de vacinas diferentes, aumentando o interesse em torno do assunto.

Algumas nações testam essa abordagem por necessidade, após sofrerem com a falta de insumos de uma vacina em particular, ou por precaução, quando surgiram dúvidas sobre a segurança de uma marca depois que muita gente já havia recebido a primeira dose.

Nos Estados Unidos, os reguladores até agora têm relutado em encorajar a prática por falta de testes definitivos sobre o tema. Mas cientistas e formuladores de políticas de saúde estão interessados na possibilidade de que administrar vacinas diferentes na mesma pessoa possa ter até vantagens significativas.

Potenciais benefícios

A mistura de vacinas — os cientistas chamam de vacinação heteróloga — não é uma ideia nova, e pesquisadores fizeram experiências do gênero no combate a várias outras doenças, como o Ebola.

Os cientistas há muito teorizam que dar às pessoas duas vacinas ligeiramente distintas pode gerar uma resposta imunológica mais forte, talvez porque as vacinas estimulem partes ligeiramente diferentes do sistema imunológico ou o ensinem a reconhecer partes diferentes de um patógeno invasor.

“O argumento (simples) é que um mais um são três”, disse John Moore, virologista da Weill Cornell Medicine, o braço de pesquisa biomédica da Universidade de Cornell. “O quão bem esse argumento se mantém na prática na área de covid-19 terá de ser julgado pelos dados reais.”

Além dos benefícios imunológicos potenciais, a combinação também “oferece a flexibilidade necessária quando os suprimentos de vacina são desiguais ou limitados”, disse Zhou Xing, imunologista da Universidade McMaster, do Canadá.

Pesquisas

Vários ensaios clínicos estão em andamento para determinar se há benefícios ou desvantagens. Pesquisadores da Universidade de Oxford estão testando diferentes combinações de vacinas — incluindo AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, Moderna e Novavax — no estudo batizado de Com-Cov.

Pesquisadores russos estão testando uma combinação da Sputnik V com a da AstraZeneca. A Sputnik V é, em si, baseada em uma abordagem mista, com a primeira e a segunda doses tendo formulações diferentes.

A maioria dos estudos ainda está nos estágios iniciais, mas alguns divulgaram resultados preliminares promissores. No mês passado, por exemplo, uma equipe de pesquisadores espanhóis anunciou que quem receberam uma dose da vacina AstraZeneca, seguida de uma dose da Pfizer, mostrou uma resposta imunológica robusta.

Segurança

Dados preliminares do Com-Cov sugerem que misturar e combinar vacinas pode aumentar as chances de efeitos colaterais leves e moderados, incluindo febre, fadiga e dor de cabeça.

Os dados sugerem que um regime misto “pode ter algumas desvantagens de curto prazo”, informaram os pesquisadores, embora também seja possível que os efeitos colaterais possam ser um sinal de uma forte resposta imunológica. A maioria dos efeitos colaterais desapareceu em 48 horas.

Os cientistas esperam que os dados mostrem que a abordagem é, de fato, segura. “Como aprendemos em 18 meses com a covid-19, nunca diga nunca, mas é realmente difícil racionalizar qualquer novo risco associado ao que é realmente uma abordagem imunológica básica, experimentada e testada”, disse Daniel Altmann, imunologista do Imperial College London.

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