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Saúde Fisioterapia é aliada no combate ao Alzheimer. Profissionais destacam exercícios para que se tenha uma vida longa

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A expectativa de vida mudou e cada vez mais as pessoas buscam a longevidade. (Foto: Reprodução)

A expectativa de vida mudou e cada vez mais as pessoas buscam a longevidade, mas o que fazer para uma permanência por aqui menos dolorosa? A ciência segue debruçada em estudos para oferecer a melhor condição de vida às pessoas apesar das mudanças que ocorrem na velhice com implicações e desafios no âmbito social, econômico e de saúde. E quanto mais se vive, aumenta a chance de enfrentar as fragilidades naturais do envelhecimento.

Entre as demências que mais assustam está o Alzheimer. No Brasil há 1,2 milhão de diagnósticos confirmados e a cada ano surgem 100 mil novos casos. Poucos sabem, mas a fisioterapia é uma grande aliada no tratamento da demência.

Segundo a fisioterapeuta Larissa Abrahão, formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a fisioterapia vai trabalhar para oferecer ao paciente com Alzheimer condições para que ele possa manter a mobilidade, a força muscular e autonomia.

“Qual é o ganho? Além de reduzir o risco de quedas, melhora a qualidade de vida”, destaca. Ela frisa ainda que, por meio de exercícios específicos, a fisioterapia pode retardar a progressão da doença, minimizar os efeitos motores e cognitivos, e promover a independência do paciente em atividades do dia a dia.

“A partir dos 30 anos, o corpo começa o processo de perda progressiva de massa muscular e se acentua no idoso, tornando-se um quadro chamado sarcopenia – perda de massa e força muscular que ocorre de forma progressiva e natural com o envelhecimento. A partir disso, vamos ter redução da força muscular que pode impactar no equilíbrio do indivíduo aumentando o risco de queda, aumento de hospitalizações e impacto metabólico visto a chance de agravar doenças como diabetes e obesidade”, afirma ela.

A profissional acrescenta que a soma de todos esses sintomas vai levar a uma perda de mobilidade e autonomia na vida desse idoso que vai se tornar mais dependente para realizar as suas atividades, o que pode contribuir para casos de depressão e ansiedade. “Por esta razão, o exercício físico é necessário ao longo de toda a vida e principalmente na terceira idade para a manutenção da força muscular e de uma melhor qualidade de vida para essas pessoas”.

Ela afirma que é possível reduzir o risco de quedas no paciente com Alzheimer. “A fisioterapia, com exercícios de equilíbrio e coordenação, muitas vezes incorporando atividades lúdicas que também estimulam a parte cognitiva, exercícios resistidos com foco na força muscular e melhora da marcha, vai ser fundamental para a redução desse risco, uma melhor qualidade de vida nos pacientes afetados pela doença, além de proporcionar mais segurança e tranquilidade para os cuidadores e familiares”, avalia.

De acordo com Larissa, a fisioterapia pode incluir atividades que estimulam a cognição, como os exercícios de dupla tarefa, que associam movimentos físicos a desafios mentais como, por exemplo, caminhar enquanto se realiza um cálculo simples ou nomeia objetos. A fisioterapeuta afirma que essas estratégias ajudam a manter o cérebro ativo, estimulando a memória, a atenção e o raciocínio, e promovem maior engajamento no tratamento. “Portanto, mesmo que a fisioterapia não interrompa a progressão da demência, ela é fundamental para estabilizar o quadro funcional e contribuir indiretamente para a manutenção das habilidades cognitivas, melhorando o bem-estar geral do paciente”, frisa Larissa.

A fisioterapia também contribui para aliviar a dor. “A fisioterapia tem um papel fundamental no tratamento de dores e desconfortos, que muitas vezes comprometem a funcionalidade, a mobilidade e a qualidade de vida do indivíduo. A dor pode ser incapacitante, levando o paciente a evitar atividades do dia a dia, inclusive aquelas que promovem bem-estar físico e emocional. Dessa maneira, diversas técnicas, como o TENS, liberação miofascial, mobilização articular e massoterapia, podem ser utilizadas a partir da avaliação individualizada feita pelo profissional que vai identificar as causas e características da dor”.

A especialista destaca que a melhor técnica para a dor é a cinesioterapia, ou seja, o exercício terapêutico, pois atua na modulação central da dor, estimula a liberação de endorfinas – analgésicos naturais -, mantém o indivíduo ativo, além de aumentar a força muscular. “Portanto, a fisioterapia não apenas trata a dor, mas busca suas causas e previne recorrências, sempre respeitando a individualidade de cada paciente”, pontua Larissa.

A respiração pode ser trabalhada pelo profissional de fisioterapia junto aos pacientes de demência. “Esses pacientes vão se beneficiar de técnicas específicas para otimizar a ventilação pulmonar, facilitar a eliminação de secreções, promover a expansão pulmonar, melhorar a oxigenação e fortalecer os músculos respiratórios. Ela explica como deve ser feito. “Técnicas como exercícios respiratórios, reeducação diafragmática, uso de incentivadores respiratórios como EPAP – Pressão Expiratória Positiva nas Vias Aéreas -, dispositivos que promovem a tosse e a eliminação de secreções como o shaker, dispositivos de pressão positiva como o CPAP – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas -, bastante utilizado na apneia do sono, são algumas das ferramentas utilizadas, de acordo com a condição clínica de cada paciente”, conclui Larissa. As informações são do jornal O Dia.

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https://www.osul.com.br/fisioterapia-e-aliada-no-combate-ao-alzheimer-profissionais-destacam-exercicios-para-que-se-tenha-uma-vida-longa/ Fisioterapia é aliada no combate ao Alzheimer. Profissionais destacam exercícios para que se tenha uma vida longa 2025-09-07
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