Domingo, 17 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2016
O cerimonial da presidência da França cancelou o almoço previsto do presidente François Hollande e o colega iraniano, Hasan Rohani, porque a delegação da República Islâmica não permitiu que houvesse vinho à mesa. A proibição de bebidas alcoólicas é uma exigência das autoridades de Teerã em visitas internacionais. No país, a venda e o consumo de álcool são considerados “crimes contra Deus”, cuja violação reiterada pode levar à pena de morte.
A questão havia sido discutida em novembro, quando estava prevista a visita do iraniano a Paris. O encontro, porém, foi cancelado devido à série de atentados na capital francesa, que deixou 130 mortos. A intenção das autoridades era apresentar aos visitantes islâmicos uma seleção de vinhos franceses, como é praxe nas visitas dos mandatários estrangeiros, mas esbarrou na proibição às bebidas alcoólicas.
Na época, a França ofereceu como alternativa um café da manhã para os dois governantes, que Teerã considerou “muito simples” para uma reunião entre os dirigentes. Devido a isso, a refeição foi cancelada. Isso não impediu, no entanto, que os dois países assinassem contratos de 30 bilhões de euros (133,8 bilhões de reais) em negócios, como a compra de 118 aviões da Airbus e a reabertura das operações da Peugeot-Citroën no Irã.