Sexta-feira, 25 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2025
Ministro diz que o governo já finalizou propostas de apoio a empresas, como uma linha de crédito aos setores mais afetados pelo tarifaço americano
Foto: Lula Marques/Agência BrasilO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que a prioridade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é tentar uma interlocução com o governo americano para negociar saídas ao tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros importados. Medida entra em vigor no dia 1º de agosto.
“A primeira medida que o governo está tomando é tentar uma interlocução com o governo dos EUA, em virtude do fato de que há brasileiros ligados ao presidente bolsonaro que estão lá atuando para que as conversas tenham início”, disse o ministro.
De acordo com o ministro, o governo já finalizou o plano de apoio aos setores que devem ser afetados pelo tarifaço americano. Ele afirma que as propostas serão levadas ao presidente Lula, que tomará a decisão final sobre qual medida será adotada.
“O plano de contingência está pronto, foi apresentado, a partir de segunda vamos preparar a apresentação para o presidente, tem medidas de todo gosto, para que ele, com toda a prudência e experiência que tem para negociar […] tem propostas de todo tipo, inclusive linha de crédito”.
Segundo Haddad, o governo brasileiro ainda aguarda retorno dos EUA de carta enviada em maio, que detalhava pontos a serem negociados após o presidente Donald Trump anunciar a primeira tarifa de 10% imposta a produtos brasileiros.
“Reiteramos as cartas que mandamos de maio para cá, enfatizando os pontos que estávamos dispostos a negociar e sabemos que são caros aos Estados Unidos, são vários temas que sabemos que são sensíveis para eles e estamos abertos a negociar, e para negociar, é preciso sentar à mesa, não há negociação”.
Em meio a críticas recentes do presidente Donald Trump e a investigações do Pix conduzidas por órgãos americanos, Haddad afirmou que o sistema de pagamentos instantâneo é superior aos métodos desenolvidos por empresas dos EUA.
“Nós desenvolvemos uma tecnologia melhor que a deles, e a gente não está cobrando nada por ela, ninguém está ficando rico com ela, ao contrário. O Pix não foi feito para enriquecer algum empresário, ele foi desenvolvido pelo estado brasileiro”, destacou.