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Saúde O que explica o aumento de 82% nas internações de jovens por fimose no SUS

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O crescimento nas internações sugere que o diagnóstico desse problema tenha se tornado tardio. (Foto: Reprodução)

As internações de meninos de 10 a 19 anos em razão de fimose, parafimose ou prepúcio redundante aumentaram 81,58% nos últimos dez anos. O número é de um levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, divulgado na última semana.

O que aconteceu

Número saltou de 10.677 internações devido a fimose, parafimose ou prepúcio redundante em 2015 para 19.387 em 2024. Foram registradas, no total, 130.764 internações neste período de dez anos.

Maior crescimento no número de internações aconteceu na faixa de 10 a 14 anos: 87,7%. Já na faixa etária de 15 a 19 anos, o aumento foi de 70% na última década.

O crescimento nas internações sugere que o diagnóstico desse problema tenha se tornado tardio, segundo a SBU. O atendimento hospitalar é mais comum em caso de cirurgia ou urgência, quando já há desconforto para o menino.

Meninos vão menos ao médico. Meninas de 12 a 18 anos vão 18 vezes mais ao ginecologista do que os jovens da mesma idade vão ao urologista. Os dados são do Ministério da Saúde, de 2022, que apontam ainda que as meninas de 12 a 19 anos vão ao médico, em média, 2,5 vezes mais do que os meninos da mesma idade.

“No período da covid-19, observou-se uma redução no número de internações, mas após a resolução da pandemia houve uma recuperação sustentada, nos últimos três anos, de mais internações referentes a queixas no prepúcio, mostrando que mais adolescentes estão sendo diagnosticados com esse problema”, diz Roni de Carvalho Fernandes, diretor da Escola Superior de Urologia da SBU.

Entenda as condições

A fimose é a condição em que o prepúcio (pele que cobre a “cabeça” do pênis) não consegue ser puxado para expor a glande. Até os três anos, ela pode se resolver sozinha. Após esta fase, é necessário tratamento com pomada ou cirurgia. Segundo a SBU, o ideal é que o procedimento seja feito até os nove anos, antes da entrada na puberdade, quando a recuperação é mais fácil. Isso porque na infância, sem a ação significativa da testosterona, o menino não está sujeito a ereções involuntárias que podem tornar o processo mais doloroso e facilitar o rompimento de pontos.

Já a parafimose é o inverso da fimose. A pele do prepúcio retrai e não consegue voltar para cobrir a glande, “estrangulando” o pênis. Esta situação de urgência pode comprometer a circulação do sangue, causando inchaço, dor intensa e, se não tratada, isquemia e necrose — a morte do tecido da glande. O problema pode acontecer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens não circuncidados.

O prepúcio redundante é a grande quantidade de pele sobre a cabeça do pênis, mas que pode ser completamente puxada. Apesar de não causar um incômodo imediato, o problema pode dificultar a manutenção de uma higiene adequada da área.

Se não forem tratados precocemente, esses problemas causam inflamações e infecções de repetição que podem levar ao câncer de pênis. A fimose, por exemplo, aumenta os riscos de infecção urinária, balanite (inflamação da glande), balanopostite (inflamação de glande e prepúcio), dor e dificuldade nas relações sexuais e ereções, além de maiores riscos de contrair IST (infecções sexualmente transmissíveis) como o HPV — que é um fator de risco para o câncer no órgão genital.

Quando não há complicações e urgências, a postectomia, ou “cirurgia da fimose”, não precisa ser feita apenas em hospital. Ela pode ser realizada em ambiente ambulatorial, sob sedação ou anestesia local. Todo o procedimento dura cerca de 1h e, após o término, o paciente volta para casa com recomendação de uso de analgésicos simples e repouso de dois a três dias. A cicatrização completa leva de 21 a 30 dias. As informações são do portal de notícias UOL.

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https://www.osul.com.br/o-que-explica-aumento-de-82-nas-internacoes-de-jovens-por-fimose-no-sus/ O que explica o aumento de 82% nas internações de jovens por fimose no SUS 2025-09-06
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