Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2022
O portal virtual do Parlamento Europeu foi alvo de ciberataque nesta semana. De acordo com a a presidente da instituição, Roberta Metsola, o ataque ocorreu horas depois da aprovação, em plenária, de uma resolução declarando a Rússia como um Estado “promotor do terrorismo”.
O sistema “está sob um sofisticado ciberataque. Um grupo pró-Kremlin assumiu a responsabilidade. Nossos especialistas estão resistindo e protegendo nossos sistemas. Isso, depois de termos proclamado a Rússia um estado patrocinador do terrorismo”, tuitou Metsola.
“Minha resposta: ‘Slava Ukraini’ (Glória à Ucrânia)”, acrescentou.
O porta-voz do Parlamento, Jaume Duch, tuitou, por sua vez, que “a disponibilidade do site [do Parlamento] se vê afetada, atualmente, do exterior, devido aos altos níveis de tráfego da rede externa. Este tráfego está relacionado com um evento de ataque DDoS (em tradução literal do inglês, ataque de negação de serviço)”.
Nos ataques DDoS, um sistema recebe um número tão grande de demandas simultâneas de acesso que acaba sendo inutilizado pela sobrecarga.
Uma fonte do parlamento, que pediu para não ser identificada, disse se tratar do ataque “mais sofisticado da história recente”. Já o eurolegislador alemão Rasmus Andresen considerou que o ataque “é um alerta. É um ataque ao coração democrático da Europa”.
O legislador Andresen acrescentou que ainda não se sabe se o ataque cibernético está, de alguma forma, relacionado com a resolução sobre a Rússia, mas observou que os sistemas informáticos do Parlamento “não estão suficientemente preparados”.
A interrupção foi causada por um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), que funciona direcionando grandes volumes de tráfego da internet para determinados servidores em uma tentativa relativamente pouco sofisticada dos chamados “hacktivistas” para derrubá-lo do ar. Esses ataques geralmente não causam muitos danos.
“Meios terroristas”
Plenária do Parlamento Europeu aprovou, por 494 votos a favor, 58 contra e 44 abstenções, uma resolução não vinculante, na qual a Rússia foi declarada um “país promotor do terrorismo” e um “Estado que usa meios terroristas”.
De acordo com a Resolução, “as atrocidades cometidas pela Federação da Rússia contra a população civil ucraniana, a destruição de infraestruturas civis e outras violações graves dos direitos humanos e do Direito Internacional humanitário constituem atos de terror”.
Também constituem “crimes de guerra”, acrescenta o texto.