Quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2025
Em cerimônia realizada nessa quarta-feira (20), a prefeitura de Porto Alegre recebeu o Selo Bronze na segunda edição do prêmio “Município Amigo da Vacina”. A honraria é concedida pela Secretaria Estadual da Saúde )(SES) em parceria com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) a cidades que atingem metas de cobertura pelos imunizantes pentavalente, tríplice viral e contra HPV.
Um total de 415 das 497 cidades gaúchas (83,5%) obtiveram o reconhecimento em uma das três categorias – ouro, prata ou bronze, cada qual com mediante critérios específicos.
A Capital foi um dos 123 municípios que conquistaram o Bronze. O prêmio, no caso, foi concedido na modalidade “Dente-de-Leite”, com cobertura de 96,5% da primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para crianças de 1 ano de idade. Na primeira edição, a cidade não obteve o reconhecimento.
Outras 139 prefeituras ficaram com o Selo Ouro, ao passo que 153 levaram o Selo Prata. Cada honraria leva em conta aspectos como a cobertura vacinal alcançada no ano passado, o tipo de imunizante e as respectivas faixas etárias, em um sistema de classificação por categorias.
– Categoria “Baby”: cobertura maior ou igual a 95% (terceira dose para menores de um ano de idade) para a vacina pentavalente.
– Categoria “Dente-de-Leite”: cobertura maior ou igual a 95% (primeira dose para crianças de um ano de idade) para a vacina tríplice viral.
– Categoria “Teens”: cobertura maior ou igual a 80% (pré-adolescentes e adolescentes dos 9 aos 14 anos, com uma dose) para a vacina contra o HPV (papilomavírus humano).
No caso dos selos, estes são divididos conforme o número de categorias em que os municípios obtiveram o índice mínimo: Ouro (meta atingida nas três categorias), Prata (meta atingida em duas categorias) e Bronze (meta atingida em uma categoria).
A iniciativa também se destina a estimular a ampliação da cobertura desses fármacos entre a população, em uma época na qual as autoridades muitas vezes precisam superar um problema que preocupa os especialistas: a recusa ao procedimento. Uma das principais causas é a disseminação de posturas negacionistas e notícias falsas, por meio de aplicativos de mensagens como o whatsapp.
Detalhamento
– Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B. Deve ser aplicada no primeiro ano de vida do bebê, em um esquema de três doses (aos dois, quatro e seis meses de idade).
– Tríplice Viral: protege contra o sarampo, caxumba e a rubéola. Uma dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses (com a tetraviral, que protege adicionalmente contra varicela).
– Contra o HPV: protege jovens e adolescente contra o papilomavírus humano, responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo e associado ao desenvolvimento de quase todos os casos de câncer de colo do útero, bem como de diversos outros tumores em homens e mulheres. A vacina é indicada para meninas e meninos de nove a 14 anos, com esquema de dose única.
(Marcello Campos)