Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2021
Miguel foi morto pela mãe e teve corpo atirado no Rio Tramandaí, em Imbé, conforme a Polícia Civil.
Foto: Reprodução/TVA Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizaram em Imbé (Litoral Norte gaúcho) e reconstituição do desaparecimento e assassinato do menino Miguel, 7 anos, supostamente cometidos no dia 29 de julho pela mãe e a madrasta da criança.
Foram cerca de cinco horas de trabalho, com a utilização de um boneco e o comparecimento de uma das denunciadas. O laudo pericial deve ser entregue ao delegado responsável em um prazo de até 60 dias.
Tecnicamente denominado “Reprodução Simulada dos Fatos”, ou RSF, o procedimento contou com o apoio de agentes do Ministério Público (MP), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Brigada Militar (BM) e Guarda Municipal.
Segundo as investigações, a criança foi morta pela mãe e pela companheira dela. Em seguida, o corpo foi transportado e lançado no rio Tramandaí. Ambas foram indiciadas pelos crimes, em tese, de tortura, homicídio e ocultação de cadáver. Convocadas a participar da reprodução, apenas a madrasta compareceu.
A RSF durou aproximadamente cinco horas, começando por novo depoimento da madrasta, que apresentou a sua versão dos fatos. Na sequência, os peritos estiveram na casa onde as mulheres moravam com Miguel e depois percorreram o trajeto de cerca de 2 quilômetros entre a residência e o rio Tramandaí.
Além de um boneco realista, com tamanho proporcional ao de um menino de 7 anos, a reprodução simulada contou com uma mala de mão. O objetivo foi reproduzir com a máxima fidelidade possível os detalhes que envolveram o crime. O objetivo é avaliar se os fatos aconteceram da forma como foram narrados pelos participantes e esclarecer pontos ainda em aberto.
Perícias
A Polícia Civil tem conduzido o inquérito sobre o caso, requisitando diversas perícias ao IGP. Desde os primeiros dias após o desaparecimento de Miguel, equipes do Departamento de Criminalística estiveram nas duas moradias frequentadas pela criança, em busca de vestígios como marcas de sangue identificadas na parede de um dos cômodos.
Também foram recolhidos objetos, analisados pelo Departamento de Perícias Laboratoriais (DPL). A análise de uma camiseta infantil vermelha revelou presença de sangue da vítima. A perícia feita na mala também comprovou que o material biológico da vítima.
Tortura
Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi dado como desaparecido pela própria mãe no dia 29 de julho, data em que o Corpo de Bombeiros Militar iniciou as buscas. Porém, a mãe admitiu que a criança havia sido dopada e atirada ao rio Tramandaí dois dias antes – não se sabe se ainda estava viva.
De acordo com o Ministério Público, o menino vivia sob agressões físicas e tortura psicológica, fato comentado inclusive em conversas entre as mulheres no aplicativo de mensagens WhatsApp. Ele teria sido assassinado porque as duas mulheres o consideravam um “empecilho” para a vida do casal.
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