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Mundo Um adolescente de 17 anos, com um histórico de turbulência familiar invadiu contas no Twitter de Obama, Kanye West e Jeff Bezos

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Jovem coleciona golpes virtuais, incluindo vítimas entre usuários do jogo Minecraft. (Foto: Reprodução)

Um adolescente de 17 anos, com um histórico de turbulência familiar com a separação dos pais, encontra uma válvula de escape nos videogames. A história que poderia ser considerada corriqueira tomou um rumo diferente das demais. Graham Ivan Clark foi preso na última sexta (31) sob a acusação de invadir cerca de 130 contas no Twitter, entre elas as de personalidades como o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, o rapper Kanye West e os bilionários Bill Gates e Jeff Bezos.

As autoridades apontam que o jovem é o mentor de uma ofensiva hacker no dia 15 julho, quando perfis de celebridades publicaram mensagens pedindo doações em bitcoins – moeda criptografada – em prol do combate à Covid-19. De acordo com a Procuradoria da Flórida, que acusa Clark por 30 crimes, o esquema angariou mais de US$ 100 mil em um único dia.

O arrojado ataque que suscitou questionamentos sobre a segurança do sistema do Twitter se junta a uma série de golpes aplicados pelo adolescente. A conduta inadequada começou pelo Minecraft, jogo que atraiu Clark desde os 10 anos para se distanciar da sua “infeliz vida familiar”, segundo amigos relataram ao jornal The New York Times. Na sala virtual do videogame, ele demonstrou um temperamento explosivo e chegou a aplicar golpes em usuários.

O hacker cresceu na cidade de Tampa, com a irmã e a mãe, uma imigrante russa que se divorciou do pai de Clark quando ele tinha 7 anos.

Roubo de bitcoins

Aos 15, ele passou a integrar fóruns de hackers. No ano passado, esteve supostamente envolvido em um roubo de US$ 856 mil, embora nunca tenha sido formalmente implicado por isso. Na ocasião, um grupo de criminosos assumiu o controle do telefone de Gregg Bennet, um investidor em tecnologia em Seattle. Eles acessaram suas contas e furtaram 164 bitcoins estimadas no valor mencionado.

Bennet recebeu uma mensagem de extorsão assinada pelo pseudônimo “Scrim”, um dos usados por Clark, segundo seus amigos virtuais. Em abril, o investidor foi notificado pelo Serviço Secreto de que haviam recuperado 100 bitcoins com o adolescente. Bennet contou, em entrevista, que um agente lhe disse que Clark não foi preso por ser menor de idade.

De acordo com o NYT, Clark vivia em um apartamento próprio em Tampa onde exibia um aparato moderno e caro para jogos online. Vizinhos ainda disseram que o jovem dirigia uma BMW. Nas redes sociais, ostentava tênis de grife e um relógio da marca de luxo Rolex, adornado com pedras preciosas.

Golpes em jogadores de Minecraft

Aos jogadores de Minecraft, era mais conhecido pelo usuário “Open”. Em 2016, criou um canal no YouTube onde conquistou milhares de fãs. O adolescente foi associado a uma série de episódios em que recebeu dinheiro de outros usuários após ofertar melhorias no jogo, como assessórios para personagens. No entanto, desaparecia com a quantia sem cumprir o acordo.

Vítimas de Clark gravaram vídeos expondo o ocorrido. Em alguns deles, é possível ouvir o jovem pronunciando comentários racistas e sexistas ou falando sobre estudar em casa e ganhar US$ 5 mil por mês com Minecraft. Sua identidade, porém, quase nunca era revelada na internet, com raras menções a seu nome.

O adolescente ampliou seus golpes e voltou-se também ao jogo Fortnite e às criptomoedas. Para isso, entrou na comunidade de hackers OGUsers, na qual constava em sua descrição que “estava focado apenas em ganhar dinheiro para todos”. Ele foi banido depois que moderadores descobriram um calote a um dos membros do grupo. Àquela altura, já havia conseguido sua rede de contatos para ataques em que invadem celulares.

Ao lado de cúmplices que integravam o fórum, Clark orquestrou a ofensiva ao Twitter. Segundo o governo americano, ele convenceu um funcionário da plataforma de que trabalhava na área de Tecnologia da Informação (TI) e solicitou credenciais para acessar o portal de atendimento ao cliente. Ainda não está claro como ele operou para o disparo das publicações das contas de famosos.

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