Segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2025
Botafogo, Bahia e Bragantino podem ser impactados pelas novas restrições da Fifa a transferências entre clubes do mesmo grupo.
Foto: Reprodução/FifaA Fifa pretende endurecer as regras de transferência de jogadores entre clubes que pertencem a um mesmo grupo empresarial. A medida pode impactar diretamente estruturas como a Eagle Football Group (Botafogo), o Grupo City (Bahia) e a Red Bull (Bragantino), que operam em modelo multiclubes e têm utilizado empréstimos internos como estratégia de desenvolvimento e reforço técnico.
Segundo o jornal espanhol El Mundo, a entidade máxima do futebol mundial quer evitar desequilíbrios nas competições, especialmente quando jogadores são cedidos por curtos períodos entre clubes da mesma rede. A proposta também busca incentivar contratos de longo prazo e maior estabilidade para os atletas.
A preocupação da Fifa com os conglomerados não é nova. Em 2025, o León, do México, foi excluído do Mundial de Clubes por pertencer à mesma holding do Pachuca, outro participante do torneio. A Uefa também tem adotado medidas semelhantes: o Crystal Palace foi retirado da Liga Europa por estar vinculado à Eagle Football, o mesmo grupo do Lyon. O clube inglês tenta reverter a decisão na Corte Arbitral do Esporte.
Desde 2024, o Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da Fifa já limita o número de empréstimos: cada clube pode contratar e ceder no máximo seis jogadores por temporada nessas condições. A regra, no entanto, não se aplica a atletas com menos de 21 anos ou formados nas categorias de base do próprio clube — uma brecha que permite a movimentação de jovens talentos em busca de experiência.
Impacto no futebol brasileiro
A medida pode afetar diretamente estratégias de clubes como Botafogo, Bahia e Bragantino, que fazem parte de redes internacionais e têm se beneficiado de transferências internas para reforçar seus elencos. O caso do meia argentino Thiago Almada, que atuou pelo Botafogo em 2024 e foi transferido ao Lyon em 2025, é um exemplo citado como modelo que a Fifa pretende restringir.
A entidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre os detalhes da nova regulamentação, mas a tendência é de que as mudanças sejam implementadas nos próximos ciclos de transferências.