Sexta-feira, 22 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2025
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nessa quarta-feira (20) que a família Bolsonaro vive um “momento difícil”, ao comentar o post em que o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que os governadores de direita se comportam como ratos.
Em postagem publicada no domingo (17), dia seguinte ao lançamento da pré-candidatura de Zema à Presidência da República, Carlos criticou líderes da direita que querem “herdar o espólio de Bolsonaro” de forma “vergonhosa e patética”, mas “se calam” diante do processo contra seu pai e contra os presos do 8 de Janeiro.
“Estão vivendo, a família Bolsonaro, um momento difícil, e acho que nós temos que ver todo esse tipo de declaração com um devido desconto. Eu me solidarizo com a família e vejo que mais protagonistas na direita só fortalecem a direita”, comentou Zema em entrevista dada a jornalistas após participação na conferência anual do Santander.
O governador acrescentou ter ouvido a avaliação do próprio Jair Bolsonaro. “Escutei isso do próprio presidente Bolsonaro, com quem eu estive há cerca de 30 dias para comunicá-lo em primeira mão do lançamento da minha pré-candidatura.”
Não é a primeira vez que Romeu Zema atenua as críticas de Carlos. Na segunda-feira (18), ele disse que “até marido e mulher discordam”.
“Nós da direita temos as mesmas propostas, estamos lutando pelos mesmos objetivos. Eu fico até surpreso, mas compreendo. Continuamos caminhando juntos. Até marido e mulher discordam. Então o que dizer de partidos políticos diferentes?”, disse.
Segundo Zema, o jantar organizado na terça (19), pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e que reuniu governadores e lideranças da centro-direita, sem representantes da família Bolsonaro, mostrou que a direita tem condição de caminhar unida.
Compareceram ao encontro figuras de destaque de partidos como PP, Republicanos, MDB, PSD e PL. Além de Zema, estiveram presentes os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; e Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso.
Ao relatar as discussões que ocorreram no jantar, o governador mineiro aproveitou para reiterar críticas à política fiscal e ao excesso de gastos do governo federal.
“O que nós queremos é reduzir os danos que o Brasil tem sofrido. Então, eu mesmo propus lá, ontem, que o Congresso tenha uma ação proativa no sentido de reduzir essa gastança para que um novo presidente que venha a assumir em 2027 não tenha tanta dificuldade em fazer a sua gestão”, afirmou Zema. Para o governador, a dívida pública se tornou incontrolável.
“Nós precisamos é ter um plano consistente de atacar essa gastança, que é o grande mal do Brasil, que faz a inflação ficar acima do que deveria e, principalmente, faz com que a taxa de juros vá lá para as alturas, freando com freio de mão o investimento”, afirmou. (Com informações de O Estado de S. Paulo)